Resumo:
- A denúncia do Ministério do Comércio da China faz referência a tarifas no valor de US$ 300 bilhões em exportações chinesas;
- Os EUA justificaram os impostos, alegando que são uma resposta às “medidas agressivas de política industrial” da China;
- Trump tem 60 dias para resolver o caso.
A China reclamou oficialmente com a Organização Mundial do Comércio a respeito das mais recentes tarifas de bilhões de dólares feitas pelos EUA sobre importações chinesas. A ação aconteceu um dia depois de os dois países embarcarem em uma nova rodada de competição de tarifas, informou a Reuters.
A denúncia do Ministério do Comércio da China faz referência a tarifas no valor de US$ 300 bilhões em exportações chinesas, que incluem bens de consumo, como relógios, fraldas e sapatos. Mais detalhes do processo legal não foram divulgados.
Todo esse contexto de competição tarifária e denúncias levou a guerra comercial EUA-China a um novo patamar.
Após a tarifa de 15% de Washington para produtos chineses, Pequim impôs uma nova taxa de 5% sobre o petróleo bruto dos EUA, como parte de um pacote mais amplo de impostos sobre US$ 75 bilhões em mercadorias americanas. As tarifas da soja americana também vão aumentar de 5% a 30% a partir de meados de dezembro.
Além disso, os EUA têm um segundo estágio de tarifas planejado para 15 de dezembro. O presidente Donald Trump disse que elas foram adiadas para proteger os consumidores nas festas de fim de ano.
O Ministério do Comércio da China alega que a última ação dos EUA é uma violação de um acordo assinado pelo presidente Trump e pelo presidente chinês Xi Jinping na cúpula do G20 que ocorreu em junho, em Osaka.
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A população é uma parte envolvida que pode não estar muito contente com o passo a passo desse conflito. A partir das decisões comerciais tomadas, os varejistas ficaram com pouca escolha a não ser repassar o custo crescente dos produtos importados chineses aos consumidores. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia citada pela BBC estima que quando todas as novas tarifas forem impostas, até dezembro, isso poderá custar às famílias norte-americanas um extra de US$ 800 por ano.
O que esperar de tudo isso? Os EUA têm 60 dias para resolver o caso legal, que é o terceiro movido por Pequim contra as tarifas impostas por Trump. Toda a questão pode fazer com que a China peça a OMC, que determina o nível máximo de taxas que podem ser impostas, para julgar e determinar o caso, informou a Reuters. O processo pode levar anos.
Como resultado, até dezembro, todos os US$ 550 bilhões em mercadorias chinesas importadas pelos EUA serão afetados pelos deveres punitivos de Trump, já que Washington deve aumentar os 25% das tarifas existentes em US$ 250 bilhões em mercadorias chinesas para 30% em 1º outubro.
Os EUA justificaram suas tarifas alegando que são uma resposta às “medidas agressivas de política industrial” da China. Também citaram um suposto roubo de propriedade intelectual, uma questão que não acreditam que deveria ser julgada pela OMC, embora os críticos pensem o contrário. A China negou as alegações de comércio injusto e retaliou com tarifas próprias, levando a uma batalha comercial que tem abalado mercados e provocado temores de uma recessão global. As esperanças de um avanço de Trump foram frustradas com o G7 na semana passada, depois que Pequim negou ter mantido conversas com autoridades dos EUA sobre uma retomada das negociações.
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