O Ibovespa fechou em leve alta hoje (9), acima dos 103 mil pontos pela primeira vez desde meados de agosto, apoiado em blue chips e papéis relacionados a commodities, embora a fraqueza em Wall Street e ajustes em ações com forte valorização recente tenham afastado o pregão das máximas do dia.
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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,24%, a 103.180,59 pontos, após oscilar da máxima de 104.259,77 pontos à mínima de 102.792,78 pontos. O volume financeiro somou R$ 18,95 bilhões.
Na visão de Pedro Menezes, dados recentes da atividade econômica norte-americana e sinalizações positivas do imbróglio comercial EUA-China ajudaram a reverter a tendência de queda nas taxas dos Treasuries, configurando um ambiente melhor para ações de bancos de modo geral e também para commodities.
“Tal cenário levou gestores e investidores a iniciarem um movimento muito forte de rotação de setores na bolsa paulista”, observou, citando, por exemplo, aumento na demanda por papéis de bancos e vendas de ações com alguma ligação com setor de tecnologia. “Isso começou na semana passada e se acentuou.”
Para efeito de comparação, após encerrar agosto quase estável, com perda de 0,2%, Itaú Unibanco PN já acumula alta de 6% em setembro. Magazine Luiza ON, que subiu 10% no mês passado, contabiliza um declínio de quase 7%.
Para Carlos Daltozo, chefe de renda variável da Eleven Financial Research, o que houve nos últimos dias, provavelmente, foi entrada de capital estrangeiro na bolsa paulista, o que ajuda a explicar o fato de o setor de bancos ser o que mais tem se sobressaído neste começo de mês.
Dados no site da B3 sobre o fluxo de recursos no mercado secundário de ações mostram entrada líquida de capital externo nos dias 4 e 5 de setembro, no total de R$ 634 milhões. No mês, contudo, as saídas ainda superam as entradas em R$ 1,745 bilhão.
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No exterior, em Wall Street, o S&P 500 encerrou com quase estável e o Nasdaq cedeu 0,19%, o que ajudou a enfraquecer o Ibovespa, embora o Dow Jones tenha fechado com elevação de 0,14%.
Daltozo observou que, apesar do noticiário recente, o mercado continua aguardando definições sobre a situação comercial entre Estados Unidos e China, oscilando conforme anúncios de ambas as partes. “Fica um pouco nessa tendência lateral”, disse.
A XP Investimentos também destacou em nota enviada a clientes mais cedo que as atenções dos mercados estão voltadas para novas medidas de estímulos dos bancos centrais globais para fazer frente à desaceleração da atividade econômica.
Nesse sentido, Christian Gattiker, chefe de pesquisa do Julius Baer, destacou que o Banco Central Europeu (BCE) será o destaque da semana, com o clímax reservado para a decisão do Federal Reserve no próximo dia 18. “Interessante ver se eles (BCE) são capazes de fornecer algo tangível além da retórica.”
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