Resumo:
- O serviço de checagem de antecedentes ganhou força com a popularização dos aplicativos de transporte e de entregas;
- A Checkr captou US$ 160 milhões de empresas e investidores americanos;
- Após uma polêmica com um entregador em Las Vegas, o aplicativo lançou um serviço que verifica constantemente os históricos dos usuários.
À medida que a Uber e a Lyft (que não opera no Brasil) cresceram, outro negócio pegou carona no sucesso: a Checkr, uma startup que verifica antecedentes criminais. Os apps de transporte ajudaram os negócios a decolar. Agora, a empresa está trabalhando com varejistas como a Hot Topic e a Adecoo, de gerenciamento de recursos humanos; atingindo a marca de 42 milhões de análises.
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“Foi impulsionado pela mudança da força de trabalho, que tem grande parte em pessoas que mudam de emprego ou têm mais de um trabalho”, diz o CEO Daniel Yanisse. “Esse é realmente o motor do nosso negócio”.
Na quinta-feira (19), a Checkr anunciou a arrecadação de um financiamento de grandes empresas americanas (como a T. Rowe Price e outros investidores como Bond Capital e Coatue Management, de Mary Meeker). A nova rodada dobra a última avaliação da startup pela Forbes Next Billion-Dollar para US$ 2,2 bilhões e aumenta o financiamento total para US$ 310 milhões.
O aporte ajudará a Checkr a crescer internacionalmente, além de EUA e Canadá, onde começou em 2014. Yanisse e seu cofundador Jonathon Perichon, dois ex-participantes da lista Forbes Under 30, lançaram a empresa há cinco anos, depois de ver falhas em verificação de antecedentes. Começaram a apostar na tecnologia enquanto trabalhavam em uma startup de entrega. A dupla desenvolveu uma maneira fácil de agilizar o processo de análise, que posteriormente foi adotado por Uber, DoorDash e Instacart.
Eles trouxeram negócios, mas também polêmica: motoristas costumam estar nas manchetes por sequestrar, estuprar ou agredir passageiros. Mais recentemente, o dono de um restaurante em Las Vegas processou o serviço de entrega de comida DoorDash depois que um entregador com possível antecedente criminal o atacou. As notícias locais diziam que o funcionário só foi aprovado no teste da empresa porque ela analisa os últimos sete anos -período em que o entregador estava na prisão, segundo relatos. A Checkr se recusou a comentar casos específicos.
“Acho que nosso produto é o melhor disponível no país para segurança e verificação de antecedentes criminais, mas o serviço não é um método mágico”, diz Yanisse. “Não pode prever o futuro.”
A empresa respondeu às críticas lançando o “Continuous Check”, algo como “Verificação Contínua”, em 2018, que analisa constantemente os indivíduos, não só quando eles vão começar a trabalhar. (Tanto a Lyft quanto a Uber agora estão usando o sistema). A Checkr, na 56º posição na Forbes Cloud 100 -que elenca as melhores companhias de serviços em nuvem no mundo-, também possui um sistema de verificação de identidade para ajudar a combater as pessoas que fraudam dados para mostrar antecedentes limpos.
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“É um problema muito difícil. Fraudadores e criminosos sempre encontrarão novas maneiras de burlar os sistemas e, como uma empresa de segurança, sempre precisamos adicionar tecnologias e soluções diferentes para continuar melhorando”, diz Yanisse.
Embora muitas empresas ainda paguem por cada verificação de antecedentes, os novos produtos da Checkr também ajudaram a empresa a desenvolver uma receita mensal de assinaturas -algo que os investidores públicos e privados gostam. Yanisse se recusou a comentar sobre as finanças da empresa, mas disse que estava próximo do lucro, enquanto a abertura de capital está a alguns anos de acontecer. Em vez disso, ele se concentrou na expansão mundial da Checkr, em 2020, investindo mais US$ 160 milhões.
“Não é uma conquista por si só”, afirma ele sobre dobrar a avaliação da empresa. “É uma validação da força de nossa posição, tendo sido capaz de crescer além das empresas de tecnologia”.
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