Resumo:
- Formada por um anunciante de ringues e um antigo treinador, a Fight To Fame nasceu para revolucionar o UFC com o uso do blockchain;
- A tecnologia será usada para proporcionar formas de pagamento mais justas aos lutadores e novas maneiras de interação com os fãs;
- A startup tenta entrar nesse mercado que atualmente é avaliado em US$ 7 bilhões.
O blockchain está sendo testado em diversos setores, mas no UFC os fãs podem se surpreender com suas aplicações. Uma nova empresa, batizada de Fight To Fame, usa o blockchain para sediar um campeonato mundial de luta e engajar seus fãs de uma maneira diferente, que também resolve o problema do modelo de pagamento que assola a indústria desde seu começo.
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Estatísticas de mercado mostram que o Ultimate Fighting Championship, ou apenas UFC, virou um negócio de mais de US$ 7 bilhões. Os criadores da Fight To Fame decidiram integrá-lo com o blockchain, usando-o para criar smart contracts para que atletas possam rastrear seus pagamentos e para que competições validem os votos dos fãs durante os eventos. Os fundamentos do produto são tecnológicos, mas a Fight To Fame pretende manter o apelo teatral dos combates usando personalidades para formar a marca. A empresa contratou o principal garoto propaganda dos ringues, Carlos Kremer, como sesu porta-voz e embaixador de mídia por dois anos seguidos. Também escalou Flex Moore, conhecido por ter treinado alguns dos maiores nomes do UFC, como diretor do reality show de estrelas da companhia. A Flight To Fame começou com um pouco de confusão envolvendo seus parceiros, mas agora se aprumou e está mais focada no blockchain.
Empresas como a McKinsey lançaram relatórios que indicam que os millennials são grandes fãs de UFC, por isso, a Fight To Fame tem um caminho promissor pela frente. O estudo da consultoria também mostrou que o comportamento desse grupo está fortemente ligado às redes sociais e ao uso do celular enquanto assiste aos eventos. Se todos esses elementos forem usados juntos, haverá uma consolidação dos negócios da Fight To Fame que, muito provavelmente, a colocará no caminho do sucesso. O truque é criar um produto consistente e atraente. Kremer e Moore estão focados nesse desafio.
Veja, a seguir, a entrevista que Carlos Kremer concedeu à FORBES:
Lauren deLisa Coleman: Qual foi a inspiração para a Fight To Fame além dos dados do mercado?
Carlos Kremer: Como fãs de esportes e lutadores, estávamos inicialmente tentando resolver um problema. O modelo de compensação dos lutadores é um caminho tortuoso, e envolve se transformar em um nome conhecido da casa. Também notamos muita estagnação quando comparamos os últimos 20 anos, e queremos revigorar a indústria como um todo.
Também percebemos que o cinema usa sempre os mesmos seis ou sete rostos – Sylvester Stallone, Dwayne “The Rock” Johnson, Jason Statham, Vin Diesel etc.. Mas algumas dessas estrelas estão envelhecendo e não servem mais para o papel de ação que as tornaram famosas. A solução era óbvia. Por que não criamos uma plataforma que torna a compensação mais justa, com um caminho claro para o sucesso duradouro, enquanto damos a Hollywood novos talentos ainda não descobertos com habilidades de luta incríveis? Assim nasceu a Fight To Fame.
LdC: Quais são as vantagens e os desafios da empresa?
Flex Moore: Nossa maior vantagem é o nosso modelo de negócios. Nada parecido jamais foi feito. A ideia de integrar o blockchain no entretenimento e criar novos caminhos para a fama é inovadora, por isso somos tão apaixonados por esse projeto.
Nosso maior desafio é tecnológico, criando uma integração sutil entre plataformas e parceiros. Por isso, juntamos mais engenheiros ao nosso time, para garantir o sucesso.
LdC: Como você vai aplicar o blockchain à plataforma?
CK: O blockchain é a base de tudo que estamos fazendo, como fechar negócios ou votar em seu cantor preferido por telefone em um reality show era décadas atrás, antes da nossa startup. A plataforma descentralizada regulará a funcionalidade dos fãs, como quando eles votam, criando uma forma mais justa e precisa de determinar o vencedor – o que, às vezes, é questionável nessa indústria. Além disso, usaremos isso nas transações, que incluirão rastreamento mundial sem a necessidade de uma moeda ou corretoras. Queremos nos certificar de que os lutadores estão sendo pagos de forma consistente e justa.
LdC: Qual é o próximo passo da empresa? Quais outras figuras famosas estão envolvidas?
FM: Lançamos a empresa esse mês, abrindo inscrições para lutadores no nosso site. Grandes lutadores e mentores, como Roy Jones Jr., Rigan Machado e Chris Van Heerden, apoiarão nossos lutadores nas grandes finais. Tudo isso é sobre criar espaço na indústria da luta usando o blockchain. Oferecemos a nova era com novos níveis de engajamento de fãs.
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