O dólar avançava contra o real hoje (16), em mais um dia de cautela nos mercados globais, em meio a incertezas em torno das negociações comerciais entre Estados Unidos e China após uma piora dos laços entre os dois países envolvendo os protestos em Hong Kong, e de olho nos desenvolvimentos do Brexit.
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Às 10:35, a moeda norte-americana avançava 0,31%, a R$ 4,1783 na venda. Na B3, o dólar futuro tinha perda de 0,07%, a R$ 4,182.
Notícias de uma “fase um” de acordo comercial entre os EUA e a China na semana passada inicialmente animaram os mercados. Mas a falta de detalhes sobre o acordo desde então reduziu qualquer entusiasmo.
Adicionando mais incerteza, os EUA aprovaram na terça-feira (15) uma legislação que apoia os protestos pró-democracia em Hong Kong, fato que foi alvo de críticas de Pequim, piorando ainda mais os frágeis laços entre os dois países.
“As incertezas continuam, tanto sobre EUA e China quanto sobre o Brexit, o que traz bastante cautela para o mercado”, afirmou Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora.
Os negociadores da União Europeia e do Reino Unido fracassaram na terça-feira na tentativa de chegar a um acordo, no entanto o diálogo seria retomado ainda nesta quarta e há expectativas de que as partes cheguem a uma posição consensual.
No exterior, o dólar se desvalorizava em relação ao iene japonês, demonstrando um maior apetite por segurança por parte dos investidores. As moedas emergentes pares do real, como rand sul-africano, por sua vez, recuavam frente ao dólar.
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Na cena doméstica, os agentes do mercado se mantinham atentos ao julgamento que pode rever a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o início de cumprimento da pena após a condenação em segunda instância na quinta-feira (17).
“Se eventualmente houver uma alteração, certamente teremos criminosos já condenados em liberdade e isso traz um incomodo sem precedentes para o investidor”, afirmou Silva.
Para ele, caso o STF decida pela procedência dos pleitos dos habeas corpus em julgamento, os mercados poderão ver um grande fluxo de saída de capital estrangeiro do país, seguido de uma alta da moeda norte-americana.
Nesta sessão, o BC vendeu todos os US$ 525 milhões em moeda spot ofertados, e 10.500 contratos de swap cambial reverso (oferta de 10.500 contratos).
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