O dólar operava em leve queda contra o real hoje (3), dando sequência ao movimento de perdas registrado no dia anterior, quando a moeda teve sua maior queda em três semanas, em meio a apostas de cortes de juros nos EUA enquanto agentes do mercado continuam a monitorar a turbulência no exterior com a piora das relações comerciais entre EUA e Europa.
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Às 10:44, a moeda norte-americana recuava 0,23%, a R$ 4,1247 na venda. Na véspera, o dólar caiu 0,67%, a R$ 4,1344 na venda, maior baixa diária para um fechamento desde 11 de setembro (-0,76%) e o menor patamar desde 18 de setembro (R$ 4,1028). Na B3, o dólar futuro tinha variação negativa de 0,10%, a R$ 4,133.
Dados econômicos mais fracos dos Estados Unidos têm elevado as apostas de que o Federal Reserve dará sequência ao ciclo de cortes de juros para sustentar a expansão da economia norte-americana.
Para Flavio Serrano, economista-chefe do Banco Haitong, essas expectativas ajudavam as moedas emergentes no geral a se valorizarem contra o dólar, apesar de um cenário externo mergulhado em preocupações sobre a desaceleração da economia global.
“O mercado lá fora está meio de lado. As moedas estão com um comportamento moderado e isso tende a refletir aqui também”, afirmou Serrano.
As moedas emergentes pares do real, como rand sul-africano, operavam em alta contra o dólar, enquanto a moeda norte-americana tinha leve queda de 0,07%, a 99,952, contra uma cesta de outras moedas.
Nesta quinta-feira, os juros futuros dos EUA indicavam que operadores veem 75,4% de chance de o Fed cortar os juros para um intervalo entre 1,50% e 1,75% em sua próxima reunião de política monetária, de acordo com a ferramenta Fedwatch do CME Group.
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Também permaneciam no radar as questões comerciais internacionais, depois que os EUA obtiveram na quarta-feira (2) a aprovação da OMC para impor tarifas de importação sobre bens europeus no valor de US$ 7,5 bilhões.
A medida provocava temores de mais desaceleração na economia global, que já enfrenta os efeitos da disputa comercial entre EUA e China.
Na cena doméstica, o BC vendeu nesta quinta US$ 400 milhões em moeda spot, de oferta de até US$ 525 milhões, e 8 mil contratos de swap cambial reverso (oferta de 10.500 contratos). A autarquia realizará adicionalmente mais tarde a oferta de até 2.500 contratos de swap tradicional.
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