Resumo:
- Son revelou ter se arrependido da aposta na Uber e no WeWork;
- Sua reputação como investidor do setor de tecnologia foi prejudicada pelo fraco desempenho das empresas do fundo Vision, no qual o Softbank investiu US$ 100 bilhões;
- O bilionário tem um patrimônio líquido estimado em US$ 18,9 bilhões e administra o SoftBank, que registrou receita de US$ 81 bilhões em 2017.
Masayoshi Son, CEO e fundador do SoftBank, revelou estar “envergonhado” por seu histórico de investimentos em grandes apostas em empresas deficitárias como Uber e WeWork.
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Em entrevista à revista japonesa “Nikkei Business”, Son afirmou: “Estou envergonhado e impaciente. Afinal, olhando para o crescimento de empresas nos Estados Unidos e na China, há uma forte sensação de que isso não é suficiente”.
A reputação do bilionário japonês como investidor do setor de tecnologia foi prejudicada pelo fraco desempenho das empresas do fundo Vision, no qual o Softbank investiu US$ 100 bilhões. A empresa japonesa de telecomunicações e outros investidores expulsaram o cofundador da WeWork, Adam Neumann, depois que os planos para uma oferta pública de ações foram adiados após uma queda drástica nos US$ 47 bilhões que a empresa valia.
As ações do próprio SoftBank caíram mais de 30% desde abril, enquanto outros investimentos importantes do Vision, como a Uber, caíram para abaixo do preço do IPO devido às perdas. “Empresas como WeWork e Uber são criticadas por estarem no vermelho, mas em uma década elas estarão obtendo lucros substanciais”, disse Son, segundo a Reuters.
O executivo também compartilhou um conselho com os fundadores. “Recentemente, tenho dito a eles que conheçam seus limites. Conhecer suas limitações ajudará a liberar possibilidades ilimitadas”, disse, segundo a “Bloomberg”.
A insatisfação de Son com os recentes investimentos do Softbank ocorre no momento em que ele está levantando recursos para um segundo Vision Fund, anunciado em julho.
Japão
Masayoshi Son descreve a situação econômica atual no Japão como “muito ruim”, acrescentando que “o espírito empreendedor desapareceu consideravelmente no pré-guerra e no final do período Edo (março de 1603 a maio de 1868)”.
Ele acrescenta: “Certa vez achei o tamanho dos mercados norte-americano e chinês invejável, mas existem muitas empresas que estão quentes e crescendo rapidamente em países com mercados menores, como o Sudeste Asiático. Não é o caso de empresários japoneses, como eu, ficarem inventando desculpas”.
Ele adverte, ainda, que o Japão se tornará “um país insular completamente esquecido”, quando comparado à China. “O Japão perdeu sua competitividade.”
Son tem um patrimônio líquido estimado em US$ 18,9 bilhões e administra o SoftBank, que registrou receita de US$ 81 bilhões em 2017. A empresa investiu US$ 35 bilhões em 100 operações em 2017, incluindo investimentos na problemática empresa de trabalho WeWork e no aplicativo Uber.
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