A fabricante de motores elétricos e tintas industriais WEG registrou no terceiro trimestre lucro líquido de R$ 418,24 milhões, crescimento de 9,7% em relação ao mesmo período do ano passado, com alta em margem operacional, o que colocava suas ações entre as maiores altas do Ibovespa.
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De acordo com dados divulgados hoje (23), a receita operacional líquida cresceu 3,5%, para R$ 3,35 bilhões, com alta de 5,9% no mercado externo, para R$ 1,97 bilhão. Em dólar, subiu 5,5%. Na base trimestral, porém, houve recuo de 1,3% no mercado externo e de 2,4% da receita em moeda norte-americana.
A companhia citou bom desempenho na receita e sustentação na entrada de pedidos para equipamentos de ciclo longo, enquanto, nos equipamentos de ciclo curto, disse que começou a sentir redução nos negócios, com entrada de pedidos em ritmo menor do que os últimos meses, o que avaliou como reflexo das mudanças do cenário macroeconômico que sinalizam menores perspectivas de crescimento global.
No mercado interno, a receita líquida de vendas totalizou R$ 1,38 bilhão, acréscimo de apenas 0,2% frente ao mesmo período do ano passado, mas alta de 6,9% em relação ao segundo trimestre.
“O desempenho no mercado brasileiro no trimestre mostrou-se positivo nas principais linhas de negócio, apesar da receita ainda impactada pela menor participação dos projetos de geração eólica”, afirmou a WEG no material do balanço.
“A demanda por equipamentos de ciclo curto continua positiva, principalmente em equipamentos eletroeletrônicos industriais, motores de uso doméstico e tintas, reflexo da melhora gradual do cenário econômico. Em equipamentos de ciclo longo, os negócios de T&D (transformadores e subestações) e geração solar continuam apresentando boa performance, com crescimentos consistentes desde o ano passado.”
O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou R$ 579,1 milhões, elevação de 18,4% na comparação ano a ano. A margem Ebitda cresceu para 17,3%, ante 15,1% no terceiro trimestre de 2018, com tal desempenho explicado pela racionalização de custos, redução de despesas, ganhos de escala, além do mix mais favorável dos produtos vendidos, segundo a WEG.
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O retorno sobre o capital investido (ROIC) atingiu 19,2% no terceiro trimestre, crescimento de 2,0 pontos percentuais em relação aos mesmos meses do ano passado.
Às 10h33, os papéis tinham alta de 4,77%, a R$ 25,91, destaque positivo do Ibovespa, que subia 0,46% em dia de novo recorde histórico para o índice de referência do mercado acionário brasileiro.
“Destaque positivo para a margem Ebitda, que foi bem forte”, afirmaram analistas do BTG Pactual, em nota a clientes.
A equipe da Guide Investimentos também avaliou o resultado positivamente e disse que a WEG continua sendo uma das companhias mais resilientes da bolsa brasileira, com atuação do management de forma consistente, estrutura de capital confortável e posição de liderança nos mercados de atuação.
O lucro por ação ajustado pela bonificação ficou em 0,19939 real no terceiro trimestre, de 0,18187 real um ano antes.
O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) no terceiro trimestre alcançou R$ 2,34 bilhões, acréscimo de 2,5% na comparação ano a ano, enquanto as despesas de Vendas, Gerais e Administrativas (VG&A) consolidadas caíram 4,9%, para R$ 444,5 milhões.
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A geração de caixa nas atividades operacionais superou R$ 1 bilhão nos primeiros nove meses de 2019, aumento de 41,8% comparado ao mesmo período do ano anterior, devido, segundo a empresa, principalmente ao crescimento do resultado operacional combinado com a boa gestão do capital de giro.
A WEG disse que investiu R$ 134,2 milhões no terceiro trimestre, incluindo em modernização e expansão de capacidade produtiva, máquinas e equipamentos e licenças de uso de softwares, sendo 37% destinados às unidades produtivas no Brasil e 63% destinados aos parques industriais e demais instalações no exterior.
A WEG afirmou ainda que, no setor de energia elétrica, teve bom desempenho em equipamentos para geração com biomassa e nos negócios em energia solar, principalmente com geração distribuída, que “continuam como destaque positivo”.
ÍNDIA
Em comunicado divulgado separadamente, a WEG informou que está iniciando o projeto de instalação de uma nova fábrica de motores elétricos de baixa tensão em Hosur, na Índia, com previsão de que entre em operação em 2021.
“Com investimentos de aproximadamente US$ 20 milhões, a fábrica terá 13.000 metros quadrados de área construída e capacidade para produzir até 250.000 motores por ano, atingindo potências até 355 kW”, afirmou a WEG.
A companhia acrescentou que a unidade terá também serviços de engenharia de desenvolvimento e aplicação de produto, vendas e assistência técnica para clientes.
A planta será construída no mesmo parque fabril onde a WEG já possui uma fábrica de motores de indução e geradores e vai empregar aproximadamente 320 novos colaboradores. A unidade na Índia, onde a companhia está desde 2011, atende a Ásia, Oriente Médio, África e Oceania, e emprega 800 colaboradores no país.
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