Resumo:
- Tendo em vista os altos e baixos do bitcoin, a decisão de investir em cripto pode ser difícil;
- Alguns bilionários, como Peter Thiel, cofundador do PayPal, mostram que talvez o cenário não seja tão assustador assim;
- Thiel já investiu milhões na Layer1, uma empresa de mineração de bitcoin.
Investidores de bitcoin e de outras criptomoedas têm tido dificuldade para justificar suas decisões do passado e fazer novas apostas.
O preço da criptomoeda, sob pressão da libra, do Facebook, e do medo de um colapso regulatório, subiu nos primeiros seis meses do ano para, em seguida, cair de novo.
Alguns investidores não se abalaram com esse sobe e desce, já que tiveram o exemplo de Peter Thiel, bilionário e cofundador do PayPal. Thiel investiu na Layer1, uma operação renovável de mining de bitcoin baseada em São Francisco, na Califórnia.
Só nesta semana, a Layer1 arrecadou US$ 50 milhões e, no total, já levantou US$ 200 milhões de Thiel, da empresa de investimentos Shasta Ventures e de outros investidores de criptomoedas, além de uma primeira rodada que captou US$ 2,1 milhões, mais uma vez com aporte do bilionário e da companhia de capital de risco Digital Currency Group.
A Layer1 pretende acabar com a noção de que o mining do bitcoin nos Estados Unidos não pode competir com o mining chinês, onde atualmente são realizadas 60% do total dessas operações e com algumas pesquisas sugerindo que esse número pode ser ainda maior.
A empresa, pioneira no uso de energia renovável para o mining do bitcoin a partir de um foco anterior no desenvolvimento de aplicações programáveis de dinheiro e de armazenamento de valor, quer levar mining de bitcoin movido à energia eólica ao Oeste do Texas até o começo do ano que vêm.
“De acordo com uma pesquisa da indústria, mais de 60% do mining de bitcoin e 100% da produção de aparelhos para esses fins se localizam na China”, disse Alexander Liegle, cofundador e CEO da Layer1, em um post em seu blog onde anunciou seus novos fundos.
“Menos de 5% do mining do bitcoin e 0% da produção de aparelhos ficam nos Estados Unidos.”
A China domina o mining do bitcoin e a manufatura de chips de computador e outros equipamentos necessários para o processo, que exige muita eletricidade para abastecer as máquinas e para resfriá-las, o que faz com que nações de clima mais quente sejam menos atraentes para a prática.
“O futuro do mining do bitcoin está no coração dos Estados Unidos: no Texas”, escreveu Liegl. “É aqui que os preços mundiais de energia, regulações amigáveis e uma abundância de recursos reutilizáveis se encontram. Estamos escalando nossas operações de mining para trazer mais bitcoin para os Estados Unidos.”
A Layer1 tem comprado terras no Texas para construir suas próprias subestações de energia e está criando seus próprios chips processadores por meio de uma empresa de semicondutores de Pequim, criando sua infraestrutura de mining.
O uso de energia renovável para o mining de bitcoin já é realidade em outras partes do mundo, com no caso da alemã Northern Bitcoin, que faz a mineração de bitcoin e de outras criptomoedas em uma antiga mina de metais usando energia hidrelétrica e resfriamento natural.
No entanto, já houve tentativas falhas de levar o mining do bitcoin em grande escala para os Estados Unidos. No começo de outubro, a empresa BCause, baseada no estado da Virgínia, declarou falência após promessa de investimento de US$ 65 milhões em seus negócios norte-americanos em 2018.
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