A BRF, maior processadora de frango do Brasil, teve lucro líquido de R$ 446 milhões nas operações continuadas no terceiro trimestre, conforme balanço divulgado hoje (8), revertendo prejuízo de R$ 860 milhões um ano antes e superando as estimativas dos analistas.
VEJA TAMBÉM: BRF faz acordo de US$ 120 mi para fábrica na Arábia Saudita
A forte demanda por carne ajudou a manter o ritmo ascendente, afirmou a companhia, citando aumento de volumes tanto no mercado doméstico quanto na Ásia, onde uma doença dizimou rebanhos de suínos e causou um desequilíbrio na oferta global.
Analistas tinham previsto resultado positivo de R$ 171,35 milhões para a empresa de alimentos no terceiro trimestre.
A receita líquida consolidada somou R$ 8,5 bilhões, contra R$ 7,8 bilhões no mesmo período de 2018. Em volumes, as vendas alcançaram 1,1 milhão de toneladas, virtualmente estáveis na comparação ano a ano.
No segmento Brasil, a empresa disse que observou retomada de volumes, com crescimento de cerca de 8% em relação ao segundo trimestre de 2019, praticamente atingindo o mesmo patamar do ano passado. Nos mercados internacionais, especialmente na Ásia, a BRF disse que houve alta de cerca de 5% no volume frente ao mesmo trimestre do ano anterior. Também citou que os preços médios de venda apresentaram uma forte expansão de 32% ano a ano e 7% na base trimestral.
VEJA TAMBÉM: CEO da BRF diz que peste impulsionará produção de carne suína no Brasil
O lucro ajustado antes dos juros, impostos, depreciação e amortização chegou a R$ 1,6 bilhão no último trimestre, superando também as estimativas dos analistas, que previam R$ 1,190 bilhão. O chamado Ebitda foi praticamente triplicado em relação ao mesmo período de 2018, quando atingiu R$ 579 milhões.
A margem de Ebitda ajustado saltou para 19%, ante 7,4% um ano antes.
Desconsiderando o ganho tributário referente à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins, o Ebitda ajustado totalizaria R$ 1,1 bilhão, quase o dobro do valor registrado em igual período do ano passado.
Analistas do BTG Pactual, contudo, citaram que excluindo o benefício fiscal o Ebitda ficou aquém das expectativas, bem como a margem Ebitda recorrente teve queda na base sequencial, o que, na visão deles, é o maior ponto de frustração diante do câmbio favorável e cenário benigno de custo no trimestre.
Excluindo o benefício fiscal, a margem Ebitda ajustado no terceiro trimestre foi de 13,5% ante 14,6% no segundo trimestre. “O desempenho positivo é resultado da disciplina na execução do planejamento estratégico da companhia, com avanços importantes em mercados-chave como Brasil e Ásia, além de uma melhor gestão financeira no período”, afirmou a empresa em comunicado à imprensa.
A BRF também revisou sua estimativa para o indicador de alavancagem medido pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado, para cerca de 2,75 vezes ao final de 2019. A companhia encerrou setembro em 2,9 vezes, enquanto que a relação era de 6,74 vezes no final do mesmo mês do ano passado.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Tenha também a Forbes no Google Notícias.