O grupo de educação Cogna, anteriormente conhecido como Kroton, teve lucro líquido ajustado de R$ 208,6 milhões no terceiro trimestre, uma queda de 41,6% sobre o resultado de um ano antes, mas afirmou que espera cumprir suas estimativas de desempenho para o ano ao prever um resultado dos três últimos meses de 2019 bastante forte.
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A companhia afirmou que o desempenho do terceiro trimestre foi impactado por maiores despesas financeiras por causa de dívida contraída para aquisição da Somos, aumento de níveis de depreciação e amortização e menor resultado operacional “dadas às pressões de base verificadas no ensino superior e à diferente sazonalidade do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) no ensino básico”.
Desconsiderando as receitas de recompras de livros do PNLD, a empresa afirmou que o lucro líquido do terceiro trimestre foi de R$ 135 milhões, um tombo de 62,2% na base anual.
A empresa havia afirmado no final de outubro que vendeu 52 milhões de livros no PNLD de 2020 e que o faturamento corresponderia a R$ 408 milhões, dos quais R$ 20 milhões seriam registrados no terceiro trimestre.
O resultado operacional da empresa recuou 11,3% no terceiro trimestre na comparação anual, para R$ 610,6 milhões. O resultado financeiro veio negativo em R$ 246 milhões ante R$ 58,3 milhões em despesas um ano antes.
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A Cogna terminou setembro com captação de 64 mil alunos de ensino presencial de graduação, estável sobre o terceiro trimestre de 2018. A evasão, porém, subiu 1%, para 13,9%, e a base encolheu 7,4%, para 341,95 mil estudantes.
No ensino a distância, a empresa registrou crescimento de 2,1% na captação, estabilidade na evasão e queda de 3,7% na base de alunos. Em pós-graduação, a captação subiu 33,8% para 13,5 mil alunos.
O resultado da Cogna foi divulgado um dia depois que a rival Yduqs também divulgou queda no lucro do terceiro trimestre, mas com crescimento de 20% na captação de alunos de ensino presencial e expansão de 60% no ensino a distância. Não ficou imediatamente claro se os números são comparáveis.
A Cogna divulgou ainda no balanço que teve lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) pro forma de R$ 623,1 milhões no terceiro trimestre, alta de 9,1% na base anual. A margem, porém, recuou 9,9%, saindo de 45,7% no mesmo período de 2018 para 35,7% nos três meses encerrados em setembro.
Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$ 281,95 milhões para a Cogna e Ebitda de R$ 634 milhões, segundo dados da Refinitiv. Também não ficou claro se os números são comparáveis.
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