A empresa de infraestrutura e energia Cosan teve lucro líquido ajustado de R$ 460,8 milhões no terceiro trimestre, alta de 166,5% ante o mesmo período do ano passado, em função principalmente dos melhores resultados operacionais da distribuidora de gás Comgás e da Raízen Energia, informou ontem (11) a companhia.
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Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado entre julho e setembro somou R$ 1,564 bilhão, ante R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre de 2018.
A Raízen Energia, que atua na produção de açúcar e etanol e cogeração de energia e integra a joint venture da Cosan com a Shell, registrou maior volume de venda de etanol próprio com preços de venda superiores ao mesmo período do ano passado, além do melhor preço realizado de açúcar. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo menor volume de açúcar vendido, em linha com a estratégia de comercialização da safra.
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A moagem de cana da Raízen no terceiro trimestre totalizou 26,7 milhões de toneladas (+10%), com recuperação de 4% na produtividade do canavial, compensando o atraso do início da safra 2019/20, disse a Cosan, que estimou a moagem de cana de cana na safra 2019/20 entre 61 milhões e 63 milhões de toneladas, estável ante previsão anterior.
Os resultados da Comgás, por sua vez, foram impulsionados pelo maior volume vendido no segmento residencial e pela correção da inflação nas margens.
Já a Raízen Combustíveis, que também integra a joint venture com a Shell, foi impactada negativamente pela movimentação dos preços dos produtos ao longo do trimestre, o que afetou a gestão de estoques, algo que foi parcialmente compensado pelo crescimento nas vendas.
O volume total vendido do período cresceu 5% comparado ao mesmo período do ano anterior, com destaque para o ciclo-otto, medido em gasolina equivalente, que cresceu 7%. No diesel, o volume 6% superior refletiu mais uma vez a maior demanda de clientes, principalmente do agronegócio.
O Ebitda da Raízen Combustíveis Argentina sofreu redução pelo congelamento de preços de combustíveis decretado pelo governo federal em agosto de 2019, causando perda de inventário de US$ 55 milhões no período.
“Apesar do agravamento do cenário político-econômico na Argentina, o volume total de vendas foi 14% superior ao segundo trimestre. Foram processados no período 84 mil barris/dia (fator de utilização da refinaria de 73%)”, disse a Cosan.
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