O dólar começou novembro em queda, para pouco abaixo de R$ 4, e engatou a segunda semana consecutiva perdendo valor ante a moeda brasileira, na esteira de uma sexta-feira positiva e marcada por recordes em Wall Street, por esperanças sobre acordo comercial entre Estados Unidos e China.
No mercado interbancário, o dólar caiu hoje (1) 0,35%, a R$ 3,9950 na venda.
Na semana, a cotação recuou 0,36%, depois de devolver 2,67% na semana anterior. É a primeira vez desde a semana encerrada em 12 de julho que o dólar cai por duas semanas seguidas.
Na B3, o dólar futuro de maior liquidez cedia 0,58%, a R$ 4,0010.
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O dólar não perdeu valor apenas frente ao real. A moeda norte-americana cedia frente a 29 de 33 importantes pares nesta sessão, pressionada pela demanda por ativos mais arriscados (e que oferecem mais retorno).
Pelo mesmo motivo, o iene -divisa comumente demandada em tempos de incerteza- tinha a segunda maior desvalorização nos mercados de câmbio nesta sessão, melhor apenas que o combalido peso argentino.
O mote para o bom humor foram dados mostrando que a criação de vagas de emprego nos EUA desacelerou em outubro menos do que o esperado, indicando força na maior economia do mundo. Além disso, o mercado também se animou com notícias, em várias frentes, sobre progressos nas negociações comerciais entre EUA e China.
Da pauta local, as atenções seguem voltadas para os leilões do pré-sal a ocorrer no começo do mês -evento já na mira dos agentes financeiros e que contribuiu para o recente alívio na taxa de câmbio.
“O maior ingresso (US$ 8,5 bilhões) deve vir no quarto trimestre, uma vez que os contratos sejam assinados, mas vemos subsequentes fluxos de coparticipação ao longo de todo o ano que vem”, disseram estrategistas do Morgan Stanley em nota.
Os profissionais citaram ainda como fator a influenciar o real o potencial anúncio pela equipe econômica nos próximos dias de um pacote de propostas de reformas, “já que medidas pró-crescimento provavelmente darão impulso adicional ao câmbio.”
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