Resumo:
A EHang, da China, prepara-se para lançar o que poderia ser o primeiro serviço autônomo de táxi aéreo. A empresa entrou na última quinta-feira (7) junto à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA para tornar pública na Nasdaq uma oferta de ações depositárias de US$ 100 milhões.
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Em janeiro, a empresa se tornou a primeira a receber a aprovação dos reguladores de aviação do país para estabelecer um serviço piloto de táxi aéreo. A EHang planeja uma rota inicial em sua cidade natal, Guangzhou, usando um veículo de passageiros autônomo de dois lugares e 16 rotores chamado EHang 216. A empresa espera se expandir para outras grandes cidades da China, onde o esmagamento do congestionamento faz com que a perspectiva de uma alternativa aérea tentadora, bem como internacionalmente.
Enquanto desenvolve seus veículos de passageiros, a EHang se fortificou, organizando shows de luzes com centenas de pequenos drones coordenados, além de vender sistemas de drones de vigilância. Segundo Derrick Xiong, cofundador e diretor de marketing da empresa, os shows de luz proporcionaram à EHang uma valiosa experiência que a ajuda a aperfeiçoar softwares capazes de coordenar uma grande rede de veículos de transporte de passageiros. “Quando construímos um sistema de transporte tridimensional, precisamos controlar milhares de aeronaves”, disse ele à Forbes em uma conversa por telefone no mês passado.
Xiong diz que, além dos serviços de táxi aéreo, a empresa tem clientes na China que desejam usar seus drones de transporte para passear em locais cênicos nas montanhas ou na costa, bem como o interesse na Noruega de os usar para transportar trabalhadores e suprimentos para plataformas de petróleo offshore.
Medicina
A entrega rápida de órgãos para transplante também entra nos negócios. Em 2016, a empresa de biotecnologia dos EUA United Therapeutics disse que encomendaria até 1.000 unidades do primeiro drone de passageiros da EHang, o modelo 184 de assento único, para transportar pulmões e outros órgãos artificiais.
A United Therapeutics e sua subsidiária, Lung Biotechnology, investiram US$ 17 milhões na EHang em troca de 2,9 milhões em ações, diz o documento F-1 da EHang. A empresa já entregou 38 drones de passageiros aos clientes e possui um estoque de 28 pedidos, segundo o documento.
A EHang divulgou uma perda líquida de US$ 5,5 milhões nos primeiros seis meses de 2019, um aumento de 42% em relação ao mesmo período de 2018, com US$ 4,7 milhões em receita, uma redução de 15,6%, uma vez que o aumento nas vendas em seus negócios de drones de passageiros e cargas foi reduzido por um declínio em seu show de luzes e operações de drones de vigilância. A empresa levantou US$ 52 milhões em capital de risco, de investidores como GGV Capital e ZhenFund.
A EHang foi fundada em 2014 por Xiong, que tem MBA na Duke (EUA), e pelo CEO, Huazhi Hu, desenvolvedor de software que havia construído um sistema de despacho de emergência para as Olimpíadas de Pequim.
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O EHang 216, fabricado na Áustria em colaboração com a fabricante de peças FACC, tem um alcance de aproximadamente 16 km e uma velocidade máxima de 160 km/h. A empresa diz que realizou com segurança mais de 2.000 testes de voo dos modelos 216 e 184, inclusive em condições de ventos fortes.
Desde junho de 2018, a EHang opera um serviço piloto de entrega de comida por drones em Guangzhou, para a cadeia de supermercados Yonghui. Xiong disse que o serviço concluiu com sucesso 30.000 entregas nos pontos de distribuição nos quais os clientes buscam seus pedidos.
A empresa também lançou um serviço de entrega de carga por drone com a DHL-Sinotrans entre um parque industrial em Guangzhou e um hub da DHL a 8 km de distância, em Dongguan.
A oferta de ações está sendo subscrita por Morgan Stanley, Credit Suisse, Needham & Co. e Tiger Brokers.
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