O dólar fechou hoje (27) no menor patamar em mais de sete semanas frente ao real, em um dia de fraqueza para a moeda em todo o mundo, diante do apetite por risco ainda na esteira de dados econômicos melhores e do acordo comercial entre Estados Unidos e China.
No mercado à vista, o dólar caiu 0,30% nesta sessão, a R$ 4,0498 na venda.
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É o menor patamar para um encerramento desde 5 de novembro (R$ 3,9932 na venda). Na mínima intradia, a cotação bateu R$ 4,0358 na venda.
Na semana, a moeda perdeu 1,1%, a quarta seguida de queda, mais longa sequência do tipo desde janeiro passado.
No mercado futuro de câmbio da B3, em que os negócios vão até às 18h15, o contrato mais negociado apontava R$ 4,0475, queda de 0,23% na sessão.
O primeiro vencimento de dólar futuro negociou até o momento pouco mais de 212 mil contratos, abaixo da média dos últimos 50 dias, de 378 mil ativos, sinal de que investidores já desaceleram o ritmo de negócios depois do Natal e próximo do novo ano.
No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de moedas perdia 0,57%.
No Brasil, o dólar acumula queda de 4,5% em dezembro, apagando boa parte da alta de 5,77% de novembro, quando bateu recordes históricos perto de R$ 4,30. No ano, contudo, a divisa ainda sobe 4,52%.
Analistas acreditam que a aceleração do crescimento da economia brasileira em 2020 pode ajudar a baixar a moeda, uma vez que poderia atrair ingresso de capital ao país, aumentando a oferta da divisa.
Para além de questões locais, há chances de um dólar mais fraco globalmente no ano que vem, o que reforçaria o viés de baixa por aqui.
“Dois fatores podem enfraquecer a moeda norte-americana: uma política mais expansionista do Fed e uma necessidade menor de ativos ‘seguros'”, disseram analistas da CrossBorder Capital em nota recente. “Os dois estão conectados, porque a tomada preventiva de dólares tende a diminuir quando sua oferta novamente se torna abundante”, acrescentaram.
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