Depois de operar em alta no início do pregão, o dólar perdia força contra o real hoje (18) após melhora de fluxo, com o foco dos investidores se voltando para a coletiva de final de ano do ministro da Economia, Paulo Guedes, em meio à cautela comercial no exterior.
A moeda norte-americana iniciara o pregão em alta nesta quarta, acompanhando o exterior, em meio a dúvidas crescentes sobre o verdadeiro impacto de um acordo inicial entre Estados Unidos e China sobre a guerra comercial.
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Até agora, não houve declaração de nenhum dos lados sobre a data e o local de assinatura da “fase um” do pacto.
O peso mexicano e a lira turca, moedas emergentes pares do real, recuavam contra o dólar, que ganhava 0,24% contra uma cesta de divisas fortes.
No entanto, cerca de 30 minutos após a abertura, o dólar começou a perder contra o real, o que, segundo Italo Abucater, gerente de câmbio da Tullett Prebon, se deve a “algum fluxo pontual de entrada. Mas um fluxo pontual, porque o cenário de hoje não deve permanecer positivo”.
Por volta de 10h47, o dólar à vista tinha queda de 0,20%, a R$ 4,0553 na venda. Mais cedo, a cotação chegou a R$ 4,0774, alta de 0,30%. Na mínima, recuou a R$ 4,0543 na venda, em baixa de 0,27%, perto de mínimas desde o começo de novembro. Na B3, o dólar futuro registrava queda de 0,37%, a R$ 4,0530.
Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora, comentou que “hoje há um giro financeiro bem pequeno e baixo. Qualquer volume determinará a tendência de dólar, principalmente agora no final do ano”.
O mercado tende a reduzir a liquidez à medida que se aproxima as datas do Natal e do Ano Novo. Com menos operações os negócios ficam mais suscetíveis a movimentações pontuais.
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No cenário doméstico, nesta quarta-feira o ministro da Economia Paulo Guedes dará entrevista a partir das 15h, junto com outros secretários da pasta, e o mercado deve estar atento aos sinais das autoridades para o cenário brasileiro daqui para frente.
O Banco Central vendeu nesta quarta-feira todos os 10 mil contratos de swap cambial reverso e todos os US$ 500 milhões em moeda spot ofertados.
A autoridade monetária colocou ainda o lote integral de US$ 1,25 bilhão ofertado em linhas de moeda estrangeira com compromisso de recompra. Com isso, o BC elevou a US$ 2,50 bilhões o montante de dinheiro “novo” injetado no mercado por esse instrumento.
Recentemente, o BC já havia feito rolagens de vencimento nesse instrumento. Com as operações o BC mantém liquidez no mercado, evita disparada no cupom cambial e nas taxas do casado – movimento que pode trazer disfuncionalidades à formação do preço da taxa de câmbio.
O BC atualiza na parte da tarde os números mais recentes do fluxo cambial contratado, referentes à semana finda em 13 de dezembro.
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