O dólar opera em queda contra o real hoje (4), chegando a ficar abaixo dos R$ 4,20, com as esperanças comerciais renovadas e dados positivos sobre a produção industrial no Brasil elevando o sentimento de risco nos mercados.
Às 10h22, o dólar recuava 0,21%, a R$ 4,1972 na venda. Na mínima do dia, a divisa chegou aos R$ 4,1885, e, na máxima, tocou os R$ 4,2043.
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Ontem (3), a moeda norte-americana fechou em baixa de 0,19%, a R$ 4,2059 na venda, menor patamar desde 22 de novembro.
O dólar futuro de maior liquidez registrava queda de 0,26% nesta sessão, a R$ 4,199.
As tensões comerciais se acalmavam nesta quarta-feira após a Bloomberg informar que os Estados Unidos e a China estão se aproximando de um acordo sobre a quantidade de tarifas a serem revertidas na fase um de um acordo.
Na véspera, o presidente dos EUA, Donald Trump, havia afirmado que um acordo comercial com a China poderia ter que esperar até depois da eleição presidencial norte-americana em novembro de 2020, afetando as expectativas de uma resolução rápida para a guerra tarifária.
“A tranquilidade com a expectativa de acordo entre Estados Unidos e China no comércio bilateral deixa o dólar mais tranquilo no cenário internacional e isso passa para cá”, explicou Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais.
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No exterior, moedas emergentes pares do real, como o peso mexicano, a lira turca e o rand sul-africano, operavam em alta contra o dólar, ganhando com o melhor sentimento de risco.
Também favorecendo a moeda brasileira nesta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial do Brasil cresceu 0,8% em outubro na comparação com setembro, no terceiro mês seguido de ganhos e no melhor resultado para o mês em sete anos.
“A produção industrial melhor no Brasil acaba melhorando o otimismo e favorecendo o real”, disse Alvaro Bandeira.
Esta é, até o momento, a terceira sessão seguida de queda do dólar, que foi estressado em novembro a patamares históricos de alta contra o real. Bandeira, quando perguntado sobre a tendência da divisa até o final do ano, disse que “tivemos uma esticada muito grande do dólar recentemente e agora estamos vendo algum retorno, mas a expectativa continua sendo de fechar o ano em R$ 4,10”.
Neste pregão, o Banco Central vendeu todos os 10 mil contratos de swap cambial reverso todos os US$ 500 milhões em moeda à vista ofertados em leilão.
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