O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje (18) que o salário mínimo para 2020 ficará maior que os R$ 1.031 aprovados na lei orçamentária anual, uma vez que houve repique inflacionário nos últimos meses do ano.
Em coletiva de imprensa, ele estimou que esse valor poderá ser de R$ 1.038 ou R$ 1.039.
Até 31 de dezembro, o governo tem que determinar a política para o salário mínimo do exercício seguinte. No Orçamento aprovado, o governo indicou para 2020 a correção do salário mínimo pelo INPC de 2019.
Guedes afirmou que o governo pode até considerar dar aumento real no salário mínimo, mas frisou que o momento é de restrição fiscal.
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“Eu garanto que o poder de compra do salário mínimo é constitucional e será preservado”, afirmou.
Diferentemente de governos passados, que chegaram a estabelecer políticas para o salário mínimo para um conjunto de anos, Guedes afirmou que a equipe econômica tomará essa decisão ano a ano.
“Até 31 de dezembro não temos nada anunciado, estamos avaliando tudo, não vamos fazer nada inconsequente”, afirmou ele.
Também presente em coletiva de imprensa, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, destacou que cada um real de salário mínimo implica aumento de gastos públicos de R$ 320 milhões.
Ele afirmou que, se o crescimento da economia deste ano for considerado na fórmula para o salário mínimo no ano que vem, haveria aumento de “10, 11, 12 reais, o que daria algo como R$ 4,5 bilhões de impacto adicional”.
“Temos até dia 31 dezembro. Faremos a conta e teremos tranquilidade”, disse Waldery.
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