O dólar recuava em relação ao real hoje (10), em meio a um maior apetite de risco no exterior e com agentes financeiros atentos a dados do Brasil e dos Estados Unidos, um dia após a cotação da divisa fechar com a maior alta em dois meses.
Às 10:09, o dólar recuava 0,27%, a R$ 4,0755 na venda. O contrato mais negociado de dólar futuro operava em queda de 0,46% neste pregão, a R$ 4,084. Ontem (9), a moeda norte-americana encerrou a sessão com valorização de 0,85%, a R$ 4,0864.
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O dia era marcado por um alívio generalizado no exterior, com os investidores comemorando a redução das tensões entre Estados Unidos e Irã depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, escolheu retaliar a um ataque iraniano com sanções, e não violência.
Além disso, a expectativa sobre a assinatura de um acordo comercial inicial entre EUA e China ainda na semana que vem impulsionava o apetite por risco, elevando divisas mais arriscadas, como os dólares australiano e neozelandês e o peso mexicano.
Dados desta sexta-feira também guiavam os movimentos da taxa de câmbio. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,15% em dezembro, fechando 2019 com avanço de 4,31%, acima do centro da meta oficial.
Segundo Denilson Alencastro, economista-chefe da Geral Asset, a maior pressão da inflação favorece a moeda brasileira, já que pode indicar uma alta dos juros daqui para frente. “Se a gente tiver um juro um pouco maior isso pode ajudar a reduzir a força do dólar no futuro”, disse.
Diante do cenário de inflação fraca, o Banco Central reduziu em dezembro a taxa básica de juros brasileira em 0,5 ponto pela quarta vez consecutiva, a 4,5%. A queda da Selic no ano passado a sucessivas mínimas históricas tem pressionado o real, uma vez que tem reduzido o diferencial de juros entre o Brasil e o mundo.
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A menor taxa de juros torna as aplicações em renda fixa local menos atrativas, afetando a perspectiva de ingresso de capital ao Brasil em busca de retornos e, por tabela, impactando a oferta de dólares no país.
Ainda no radar dos investidores, neste pregão serão divulgados importantes dados sobre o emprego fora do setor agrícola nos EUA.
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