A titã de luxo LVMH registrou vendas recordes em 2019, impulsionadas pela forte demanda por seus artigos de moda e couro, mas está apenas “cautelosamente confiante” para este ano, em meio à agitação política em Hong Kong que prejudicou as vendas de luxo na região.
A LVMH viu a receita do quarto trimestre crescer 8%, para US$ 16,8 bilhões (€ 15,3 bilhões), totalizando US$ 60 bilhões (€ 53,7 bilhões) em vendas no ano passado (um aumento de 15% em relação a 2018).
As vendas foram impulsionadas por um forte crescimento na Europa, EUA e Ásia, apesar de adversidades como os protestos de Hong Kong e um aumento no imposto sobre vendas no Japão no quarto trimestre.
A Louis Vuitton, a joia do grupo na coroa, viu “crescimento excepcional”, graças às linhas de produtos expandidas, incluindo sapatos e suas famosas bolsas com monograma.
A LVMH fez uma série de aquisições impressionantes em 2019, incluindo a joalheria americana Tiffany & Co, por US$ 16,2 bilhões e o maior diamante bruto do mundo, por uma quantia não revelada. Também lançou a casa de moda de luxo Fenty, dirigida por Rihanna, após o impressionante crescimento da linha de cosméticos Fenty Beauty.
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O patrimônio líquido do bilionário Arnault aumentou US$ 2,9 bilhões hoje (28), para US$ 108,7 bilhões, de acordo com o ranking de bilionários da Forbes em tempo real. As ações da LVMH subiram 2,74%.
A empresa está monitorando o surto do coronavírus tipo pneumonia na China, mas é muito cedo para dizer o seu impacto nos negócios, disse Arnault. Ele acrescentou que o vírus, que infectou mais de 4.500 pessoas, não parece tão “agressivo” quanto o surto de SARS de 2002.
A LVMH é a maior marca de luxo do mundo, com sua ampla lista de empresas de moda, joias e vinhos, entre outras categorias, incluindo Louis Vuitton, Dior, TagHeuer e Hennessy. O conglomerado, com um valor de mercado de US$ 200 bilhões, começou a expandir sua presença nos EUA no ano passado. O presidente Donald Trump cortou a fita de uma nova fábrica da Louis Vuitton no Texas em outubro, enquanto a LVMH recentemente fechou um acordo plurianual com a NBA, na tentativa de capitalizar em um lucrativo mercado de roupas esportivas. Arnault adquiriu a empresa em 1990 e aumentou seu alcance e portfólio desde então. Seu próprio bolso se encheu no processo. O empresário de 70 anos foi a estrela da capa da Forbes em novembro e, com sua família, está avaliado em quase US$ 110 bilhões. Ele é a terceira pessoa mais rica do mundo, depois do fundador da Amazon, Jeff Bezos, e do chefe da Microsoft, Bill Gates.
Depois que Trump abriu a nova fábrica da Louis Vuitton no Texas, o diretor criativo Nicolas Ghesquiere respondeu no Instagram, afirmando: “Levantando-se contra qualquer ação política. Sou designer de moda que recusa esta associação #trumpisajoke #homophobia.”
A empresa deve abrir uma loja Louis Vuitton de quatro andares em Osaka, Japão, com um café adjacente, marcando sua entrada no negócio de restaurantes. A medida sugere uma maior expansão no setor de hospitalidade, depois que a LVMH comprou o grupo de hotéis de luxo Belmond em 2018. Enquanto isso, a LVMH espera construir novas oficinas de couro em 2020 em adicional às já abertas na França e no Texas no ano passado e atender à demanda dos consumidores, disse Arnault. O grupo permanece “cautelosamente confiante” neste ano em meio a um “contexto geopolítico incerto”.
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