Os protestos nas ruas de Hong Kong afetaram gravemente a indústria de luxo local, com marcas como Prada e Louis Vuitton planejando fechar suas portas em 2020. A crise afetou principalmente o comércio na rua Russell, que já chegou a ter o aluguel mais caro do mundo, mas que desde agosto já viu mais de 100 de suas lojas fecharem as portas.
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De acordo com o “Wall Street Journal”, Prada e Louis Vuitton pretendem fechar seus negócios na localidade ainda neste ano. A Prada não tem planos de renovar o aluguel de sua loja, que termina em agosto, e a LVMH, grupo do qual Louis Vuitton faz parte, teria tomado a decisão de fechar as portas após a corretora do shopping Times Square Mall, onde a loja se encontra, não baixar o valor de aluguel mesmo em face da crise.
Muitas marcas de luxo estão apreensivas desde junho de 2019, quando os protestos começaram. Eles tomam as ruas em dias de semana, afastam turistas e de acordo com a Forbes norte-americana, vêm tendo como alvo o distrito de compras Causeway Bay, onde fica a rua Russell e a maioria das grifes. Desde outubro, as vendas do distrito diminuíram em mais de 24%.
Em entrevista ao “Wall Street Journal” publicada hoje (21), Kevin Lam, líder de varejo da corretora Cushman & Wakefield em Hong Kong, disse que os contratos na rua são especialmente caros já que foram feitos em maioria durante a alta do mercado no primeiro semestre de 2019. Por isso inclusive, será especialmente mais difícil para os comerciantes da rua Russell sobreviverem a essa crise.
Mesmo como o fechamento na rua Russell, a LVMH ainda tem sete lojas em Hong Kong. No entanto, a loja em questão sozinha foi responsável por cerca de 6% da renda anual total da LVMH de 2018. Os planos de abrir uma Louis Vuitton no aeroporto de Hong Kong ainda estão de pé.
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