O dólar começou fevereiro com a maior queda ante o real em 2020, com estímulos na China e dados melhores nos Estados Unidos servindo de argumento para uma correção depois de fortes altas recentes que levaram a moeda a bater recordes.
A reabertura dos mercados chineses após o feriado estendido foi marcada por fortes quedas nas bolsas locais e pela promessa de autoridades do país de usar várias ferramentas de política monetária para garantir ampla liquidez e apoio às empresas.
Cálculos da Reuters com base em dados do banco central chinês apontaram injeção líquida hoje (3) de, pelo menos, 150 bilhões de iuanes.
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“Esperamos que o governo chinês acelere oferta de liquidez para mitigar a baixa [da economia], especialmente diante de sua sinalização de ‘estabilização do crescimento’ como prioridade para 2020″, disse o Barclays em nota. “Esperamos tanto um amplo afrouxamento monetário quanto mais suporte fiscal, tributário, monetário e de crédito para as regiões mais afetadas.”
O dólar à vista caiu 0,86%, a R$ 4,24875 na venda. A queda percentual é a mais forte desde 30 de dezembro (-0,91%).
Na sexta-feira (31), a moeda fechou a R$ 4,2858 na venda, máxima nominal recorde.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha queda de 0,82%, a R$ 4,2535.
Medidas de suporte na China tendem a acalmar os mercados e, por tabela, amparar moedas de risco. Junto com o real, peso mexicano, rand sul-africano e peso chileno tinham firme valorização nesta segunda-feira.
Dados melhores do setor manufatureiro nos EUA também ajudaram o sentimento dos mercados, uma vez que acalmaram temores sobre desaceleração na maior economia do mundo.
A sessão foi marcada, ainda, pela volta das rolagens de swap cambial tradicional pelo Banco Central, que negociou todos os 13 mil contratos ofertados na sessão. O BC já afirmou que pretende fazer a rolagem integral dos US$ 11,7 bilhões em swaps cambiais que venceriam em abril.
Assim, a instituição evita retirar liquidez do mercado, ajudando a acalmar o dólar.
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