O Banco do Brasil divulgou hoje (13) um aumento de 20,3% no lucro do quarto trimestre, ajudado pelos empréstimos ao consumidor e menores despesas tributárias, e também anunciou que poderá repetir um crescimento de dois dígitos no resultado em 2020.
O lucro líquido recorrente, que exclui itens extraordinários, subiu para R$ 4,625 bilhões, ante R$ 3,845 bilhões no ano anterior, em linha com a estimativa de analistas compilada pela Refinitiv.
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A carteira de empréstimos do Banco do Brasil encolheu por mais um trimestre, mas o retorno sobre o patrimônio líquido chegou a 17,7%, praticamente em linha com o trimestre anterior.
Isso reflete uma mudança nos desembolsos do banco, mais voltados agora a empréstimos ao consumidor, com margens mais altas. A margem financeira bruta do quarto trimestre aumentou 11,6% em relação ao ano anterior, enquanto a receita de tarifas cresceu 3,8%, graças a contas correntes e seguros, disse o Banco do Brasil.
As despesas operacionais aumentaram 8,7% no quarto trimestre em relação ao ano anterior, impulsionadas por maiores custos relacionados ao plano de saúde dos funcionários, enquanto as despesas tributárias caíram mais de 50%.
PREVISÕES
O banco espera que seu lucro líquido recorrente em 2020 fique entre R$ 18,5 bilhões e R$ 20,5 bilhões, o que implica um aumento potencial de 15% em relação aos resultados do ano passado. Em 2019, o lucro líquido foi de R$ 17,8 bilhões.
O Banco do Brasil prevê que sua carteira de empréstimos retome o crescimento em todas as linhas em 2020, com os empréstimos ao consumidor continuando a liderar a expansão. A expectativa é que o crescimento total da carteira de empréstimos fique entre 5,5% e 8,5% em 2020.
Em novembro, o vice-presidente financeiro, Carlos Hamilton Araújo, disse a analistas que os resultados de 2020 seriam impulsionados por empréstimos ao consumidor e menores despesas com provisão para perdas com empréstimos.
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No comando do Banco do Brasil desde janeiro de 2019, o presidente Rubem Novaes vem tentando encontrar maneiras de tornar a instituição financeira controlada pelo governo mais competitivo para enfrentar rivais privados.
O banco tem vendido alguns ativos considerados não essenciais e também formou joint ventures para expandir alguns negócios, como a joint venture para o banco de investimento anunciada em novembro com o UBS Group AG.
A administração do Banco do Brasil está planejando reformas para competir de forma mais eficaz com rivais privados depois que o presidente Jair Bolsonaro anulou uma tentativa da administração de privatizar totalmente o credor, como informou a Reuters no mês passado.
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