O conglomerado de multinacionais Honeywell anunciou na terça-feira (3) que está desenvolvendo seu primeiro computador quântico comercial e que já tem até seu primeiro cliente: o banco de investimentos JPMorgan. Com a novidade, a Honeywell passa na frente de empresas como o Google, IBM e Microsoft, que também já falaram sobre o desenvolvimento de tal tecnologia mas, até o momento, não apresentaram nada concreto disponível em larga escala no mercado.
Computadores quânticos são máquinas que conseguem realizar tarefas básicas de um computador comum, mas em velocidade significativamente maior. A tecnologia usa a física quântica para analisar as alternativas que a máquina tem enquanto está realizando uma tarefa.
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Empresas de tecnologia já usam a computação quântica em alguns de seus setores. A Amazon, por exemplo, está experimentando o recurso em seus serviços de armazenamento na nuvem e no aprimoramento de seus algoritmos. A tecnologia, no entanto, só é aplicada com alguns consumidores selecionados durante o período de testes.
O JPMorgan seria, então, a primeira empresa a usar a computação quântica desenvolvida por outra entidade de forma comercial. Tony Uttley, presidente da Honeywell Quantum Solutions, disse ao “Wall Street Journal”, em reportagem publicada na última terça-feira, que a tecnologia acelera muito a criação de novos produtos ou sistemas, e que também pode ser usada na implementação de inteligência artificial.
“Acreditamos que a computação quântica vai impactar profundamente inúmeras indústrias”, disse o executivo, citando como exemplo os setores de aviação e petróleo. Na mesma entrevista, ele afirmou que a máquina da Honeywell será “o computador quântico mais poderoso do mundo” e que estará pronto nos próximos três meses.
De acordo com a empresa de pesquisa e estatísticas Gartner, até 2023, pelo menos 20% de todas as empresas do mundo, independentemente do setor, utilizarão computação quântica de alguma forma, seja em fases de testes ou de modo permanente. Esse número é significativo principalmente porque, até 2018, apenas 1% das empresas do mundo todo já usavam a tecnologia.
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