O Softbank está vendendo US$ 41 bilhões em ativos para reduzir suas dívidas, recomprar ações e aumentar suas reservas de caixa. A multinacional procura se fortalecer e tranquilizar os investidores, pois seus investimentos estão expostos a choques econômicos causados pelo coronavírus.
“Este programa será a maior recompra de ações e resultará no maior aumento de saldo de caixa da história do SBG, refletindo a confiança firme e inabalável que temos em nossos negócios”, disse o fundador bilionário do banco Masayoshi Son em comunicado hoje (23).
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Ainda não se sabe quais ativos serão vendidos, mas US$ 18 bilhões dos resultados serão usados para recomprar ações. Essas medidas seguem o anúncio que o Softbank fez no começo do mês de que recompraria US$ 4,5 bilhões em ações.
As ações do Softbank subiram mais de 18% hoje (23). Esse foi seu maior ganho em quase 12 anos.
Essa última medida segue o fraco desempenho do Vision Fund de US$ 100 bilhões, que gerou enormes prejuízos para o grupo no ano passado graças a investimentos em tecnologia de baixo desempenho.
O conglomerado com sede em Tóquio disse que suas ações foram subvalorizadas em 73% do seu valor intrínseco, “o maior desconto na história da empresa”. Os investidores ficaram desconfiados após as apostas de baixo desempenho de Son em empresas como Uber e WeWork.
O SoftBank possui participações na gigante do comércio eletrônico Alibaba, e seus investimentos na Uber e na problemática empresa de compartilhamento de escritórios WeWork estão bem documentados.
O último anúncio de recompra de ações segue a pressão do fundo ativista Elliott Management, que comprou uma participação na empresa em fevereiro e procura aumentar as recompras e o retorno dos acionistas. Enquanto isso, o financiamento para o segundo Vision Fund da SoftBank foi mais lento do que o esperado mesmo após o desempenho do primeiro.
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