As ações da Embraer despencaram 7,9% hoje (27), pressionadas pelo cancelamento do acordo de US$ 4,2 bilhões para vender sua divisão de aviação comercial para a Boeing no último final de semana.
Os ruídos sobre o fracasso da aguardada transação já rondavam o mercado na sexta-feira (24), quando fontes afirmaram que as negociações haviam esbarrado em um obstáculo, fazendo os papéis da companhia brasileira encerrem em queda de 10,7%.
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Nesta segunda, com o cancelamento da transação oficializado, as ações da empresa chegaram a cair mais de 16% na mínima, sendo negociadas a R$ 6,91, menor valor desde julho de 2009.
Para o UBS, o cenário já desanimador para empresas do setor, que encaram uma forte queda na demanda por conta da pandemia de coronavírus, é ainda mais desafiador para a Embraer.
Na esteira do fracasso do negócio, a companhia brasileira afirmou que iniciou processo de arbitragem contra a Boeing.
Os desdobramentos da notícia são bastante negativos para a Embraer, que agora se vê sozinha tendo que disputar mercado com outros players atualmente mais bem estruturados, disse Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, em nota.
“Mesmo a companhia negociando um novo acordo com outra empresa à frente, o que também pode implicar em termos menos vantajosos dada a atual conjuntura, a Embraer precisará trabalhar sua musculatura de modo a retomar a competitividade de outrora”, afirmou.
(com Reuters)
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