O diretor financeiro do Grupo Carrefour, Matthieu Malige, informou hoje (28) que as vendas do varejista francês considerando as mesmas lojas apresentaram uma elevação de 7,8% no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período do ano passado. A performance, segundo ele, foi impulsionada por um “sólido desempenho” do grupo em janeiro e fevereiro e por “compras preventivas” feitas pelos consumidores em março em meio à pandemia de Covid-19. Em janeiro e fevereiro, o acréscimo havia sido de 4,3%, também considerando as mesmas lojas.
Durante teleconferência com analistas para detalhar o ritmo das vendas de janeiro a março, o executivo comentou que as comercializações online tiveram crescimento “muito forte”, particularmente em março, com alta de 45%. Ele também falou sobre a expansão mais forte de produtos orgânicos durante o período, de 30%. Houve uma expansão diferente no período no consumo de alimentos (9,9%) e de não alimentos (queda de 3,5%).
Malige destacou o desempenho de atuação do Carrefour em várias praças – considerando sempre a métrica de mesmas lojas. Na França, a expansão no período foi de 4,3%, com expansão em todos os formatos e impulsionada pelo fechamento de restaurantes em função da quarentena. Na Europa, o crescimento foi de 6,1%. “A Europa foi particularmente afetada pela doença, com medidas de confinamento”, pontuou.
Ainda sobre o continente, o CFO enfatizou que os países mais afetados pela doença – Itália e Espanha – e medidas mais fortes de bloqueio apresentaram avanço das vendas no período de, respectivamente, 2,5% e 6,6%. Na Bélgica, o crescimento foi 6,2%; na Polônia, de 8,8% e, na Romênia, de 9,9%. Na América Latina, a expansão foi de 17,1% e, em Taiwan, de 6%.
VOLATILIDADE
A corrida aos supermercados vista em vários países em que foram determinadas medidas de distanciamento social levou a uma enorme volatilidade do modelo de consumo, de acordo com o presidente e CEO do Carrefour, Alexandre Bompard. “O comportamento do consumidor não revelou qualquer padrão. Nenhuma semana foi similar à semana anterior ou à posterior”, destacou durante a teleconferência.
O executivo comentou que não há como ter muita visibilidade sobre o que ocorrerá no futuro, seja esse futuro em junho ou nas próximas semanas. “Todo o grupo tenta entender os efeitos de bloqueio em cada país, já que as medidas de confinamento são diferentes em cada lugar”, comentou. Durante a teleconferência, ele comentou sobre a situação de alguns hipermercados que tiveram de fechar operações por estarem localizados em shopping centers, alvos de fechamento das atividades pela maior parte dos governos.
Na mesma conferência, o diretor financeiro Matthieu Malige arriscou dizer que não acredita que o perfil de consumo de março possa ser extrapolado para outros meses porque o humor dos consumidores muda e isso muda também de acordo com a geografia e os impactos da doença em diferentes tempos.
Segundo Bompard, os guidances do Carrefour para os próximos dois anos estão todos confirmados. “As orientações do plano Carrefour 2022, que provaram ser mais relevantes do que nunca, são reiteradas agora, com os objetivos confirmados”, afirmou. (Com Agência Estado)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.