O presidente Jair Bolsonaro anunciou hoje (21), em reunião com governadores, que sancionará em breve o projeto de auxílio de R$ 60 bilhões para Estados e municípios fazerem frente à crise provocada pela pandemia de Covid-19, doença respiratória provocada pelo novo coronavírus.
Durante a reunião, da qual também participaram os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente pediu apoio aos governadores ao veto referente ao aumento para servidores públicos e ouviu do governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), que a maioria dos chefes dos Executivos estaduais apoia o veto.
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Segundo o presidente, a cota de sacrifício dos servidores é não ter reajuste até 31 de dezembro do ano que vem.
“O motivo dessa pauta é falar para os senhores, porque temos que trabalhar em conjunto, (sobre) a sanção de um projeto que é uma continuidade de outras leis há pouco aprovadas de um auxílio, um socorro aos senhores governadores de aproximadamente R$ 60 bilhões”, disse Bolsonaro na abertura do encontro.
“Nesse projeto, o que a gente pede apoio aos senhores é à questão da manutenção de um veto muito importante, que foi largamente discutido, que atinge parte dos servidores públicos”, acrescentou o presidente.
A reunião, transmitida ao vivo pela “TV Brasil”, aconteceu em uma clima de cordialidade entre o presidente e os governadores, apesar dos atritos e das críticas duras que Bolsonaro faz aos chefe dos Executivos estaduais por causa de medidas de isolamento social para frear a disseminação do coronavírus.
Embora o distanciamento social não tenha sido tema da reunião, nesta manhã, pouco antes do encontro, Bolsonaro criticou os governantes estaduais em comentários feitos a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
Depois de ouvir de um apoiador que policiais teriam obrigado participantes de uma carreata em Fortaleza a tirar bandeiras do Brasil de seus carros –o que foi negado pela Polícia Militar local– Bolsonaro disse aos presentes que o país precisa “sentir na pele” quem são os governadores.
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“O que está acontecendo? Tudo é informação… Você tem que tomar conhecimento do que está acontecendo, mais gente, para entender para onde o Brasil estava indo com essas pessoas. O grande recado é esse”, disse.
“Imaginem uma pessoa do nível dessas autoridades estaduais na Presidência da República, o que teria acontecido com o Brasil já. Esse é o recado. Então vocês vão ter que sentir um pouco mais na pele quem são essas pessoas para, juntos, a gente mudar o Brasil. Mudar, à luz da Constituição, da lei, da ordem.”
Em seguida, um outro apoiador criticou o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e comentou que não é Bolsonaro quem pede “intervenção militar”, mas “o povo de São Paulo”.
O presidente não rechaçou o comentário, mas disse que não iria responder.
“Eu não vou responder, alguém vai falar que eu sou contra ou a favor, eu não vou responder o teu questionamento”, disse. (Com Reuters)
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