O fundo soberano da Arábia Saudita comprou ações de grandes empresas norte-americanas, como Boeing, Facebook e Citigroup, mostrou um documento regulatório, chegando a um portfólio de US$ 10 bilhões em ações listadas nos EUA.
O Fundo de Investimento Público (PIF), de US$ 300 bilhões, tem comprado ações em empresas pelo mundo, aproveitando a fraqueza do mercado por causa da pandemia de coronavírus.
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PIF declarou ações no valor de US$ 717,3 milhões na Boeing, por volta de US$ 522 milhões no Citigroup, US$ 522 milhões no Facebook, US$ 495,8 milhões na Disney e US$ 487,6 milhões no Bank of America, mostram os documentos enviados à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, sigla em inglês).
O PIF tem quase US$ 515 milhões em ações no Marriott e uma pequena participação no Berkshire Hathaway. O fundo também declarou US$ 827,7 milhões na empresa de petróleo BP.
“O fundo soberano da Arábia Saudita foi às compras”, tuitou Ali Al-Salim, cofundador da consultoria Arkan Partners, acrescentando que agora o PIF tinha por volta de US$ 10 bilhões em ações nos EUA, ante US$ 2 bilhões no começo do ano.
A estratégia do PIF tem duas frentes: construir um portfólio internacional e investir localmente em projetos que ajudem a reduzir a dependência da Arábia Saudita no petróleo.
Separadamente, o PIF financiou quase metade do Vision Fund de US$ 100 bilhões do investidor japonês SoftBank, que foi atingido por perdas em apostas na tecnologia.
No mês passado, o chefe do PIF, Yasir al-Rumayyan, afirmou que buscava oportunidades de investimento em áreas como aviação, óleo e gás e entretenimento, acrescentando que via muito potencial para após a crise do coronavírus.
Em abril, o PIF declarou participação de 8,2% no Carnival, também prejudicado pelo coronavírus, levando as ações da operadora de cruzeiros a uma alta de quase 30%.
O fundo comprou ações de Shell, Total, Eni e Equinos no começo deste ano.
O PIF já tem US$ 2 bilhões em ações da Uber e da empresa de carros elétricos Lucid Motors. Também tinha uma pequena fatia na fabricante de carros elétricos Tesla, mas os últimos documentos não mostraram nenhuma exposição. (Com Reuters)
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