A varejista de moda J. Crew entrou com um pedido de proteção contra falência na manhã de hoje (4), de acordo com vários relatórios. A marca é a primeira grande empresa do setor a tomar essa medida em meio à pandemia do coronavírus, que forçou as companhias a fecharem suas portas por segurança e suspenderem as vendas presenciais.
A empresa disse que chegou a um acordo para reestruturar US$ 1,65 milhão em dívida, convertendo-o em patrimônio, segundo o “The Wall Street Journal”. Separadamente, a organização garantiu US$ 400 milhões em financiamento por meio dos credores existentes do Anchorage Capital Group LLC, de acordo com um comunicado de imprensa da J. Crew.
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A varejista estava planejando uma oferta pública inicial para sua marca Madewell antes da pandemia, mas a volatilidade do mercado de ações de março contribuiu para a redução do seu valor, segundo o WSJ.
A Bloomberg informou em março que o IPO foi cancelado quando a J. Crew não concordou com os credores.
A Madewell continuará dentro das participações da J. Crew como parte do pedido de falência, e Libby Wadle permanecerá em seu cargo de CEO da marca.
A varejista de moda planeja reabrir suas quase 500 lojas assim que as paralisações forem suspensas.
“Durante todo esse processo, continuaremos a fornecer a nossos clientes os produtos e serviços excepcionais que eles esperam de nós, e manteremos todas as operações diárias, embora sob essas circunstâncias extraordinárias relacionadas à Covid-19”, disse J. Jan Singer, CEO da Jan Singer, em um comunicado à imprensa: “Como pretendemos reabrir nossas lojas o mais rápido possível de forma segura, essa reestruturação financeira abrangente deve permitir que nossos negócios e marcas prosperem nos próximos anos”.
A J. Crew deve um valor entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões para mais de 25 mil credores, de acordo com seu pedido de falência.
A companhia teve início em 1947 como um catálogo de roupas femininas intitulado “Popular Merchandise”. Em 1983, a empresa foi renomeada, e a primeira loja J. Crew foi inaugurada em 1989 no distrito de Manhattan. A varejista se tornou uma referência em peças como suéteres, calças chino, camisas de trabalho e outros acessórios. A moda da empresa cresceu em popularidade sob a administração da diretora criativa Jenna Lyons e do executivo-chefe Mickey Drexler. Em 2011, a J. Crew se tornou privada em uma compra de US$ 3 bilhões e registrou perdas nos últimos cinco anos. Lyons partiu em 2017, e Drexler em 2019. Singer, ex-executivo da Victoria’s Secret, foi nomeado como CEO da J. Crew em janeiro de 2020.
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