A maior companhia aérea da América Latina, a LATAM Airlines Group S.A., disse hoje (26) que a empresa e suas afiliadas no Chile, Peru, Colômbia, Equador e EUA entraram com um pedido recuperação judicial no Capítulo 11, da legislação norte norte-americana, que concede ao devedor um prazo – que pode ser de 60 dias, com exceções dependendo do caso – para que as companhias possam reorganizar suas contas e atender seus credores.
A companhia aérea continuará a voar enquanto estiver em processo de recuperação judicial. As operações do grupo no Brasil, Argentina e Paraguai não estão incluídas no pedido.
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“Implementamos uma série de medidas difíceis para mitigar o impacto dessa disrupção sem precedentes no setor, mas, no fim das contas, esse caminho é a melhor opção para estabelecermos as bases certas para o futuro do nosso grupo de companhias aéreas”, disse o presidente-executivo da Latam, Roberto Alvo, em comunicado à imprensa.
A Latam é a mais recente vítima corporativa da pandemia de coronavírus que interrompeu as viagens aéreas, juntando-se à Avianca da Colômbia e à Virgin Australia em recuperação judicial, na tentativa de reestruturar sua dívida.
A Delta Air Lines é a maior acionista da Latam, tendo pago no ano passado US$ 1,9 bilhão por uma participação de 20% em tempos melhores para o setor de aviação.
A LATAM afirmou ter garantido financiamento de outros grandes acionistas, incluindo as famílias Cueto e Amaro e Qatar Airways, para fornecer até US$ 900 milhões em financiamento de devedores.
“Na medida permitida por lei, o grupo gostaria de receber outros acionistas interessados em participar desse processo para fornecer financiamento adicional”, disse a companhia aérea, acrescentando que tinha cerca de US$ 1,3 bilhão em caixa.
A LATAM listou ativos e passivos na faixa de US$ 10 bilhões e US$ 50 bilhões, de acordo com um pedido no Tribunal de Falências, em Nova York.
A companhia aérea foi rebaixada pela S&P e Fitch na sexta-feira (22), depois que a empresa confirmou que não pagou juros em três parcelas de 2015, com certificados de confiança em equipamentos aprimorados de US$ 1 bilhão.
A Latam, formada quando a LAN do Chile se fundiu com a TAM do Brasil em 2012, disse que suas afiliadas brasileiras estão em discussões com o governo brasileiro sobre os próximos passos e apoio financeiro para operações no país. A As afiliadas do Chile, Colômbia e Peru também estão em discussões com seus respectivos governos para apoio na obtenção de financiamento adicional, na proteção de empregos sempre que possível e na minimização de disrupções nas operações, afirmou a companhia aérea em comunicado à imprensa. (Com Reuters)
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