A Hertz, uma das maiores empresas de aluguel de carros dos Estados Unidos, entrou com um pedido de falência ontem (22), depois que o coronavírus devastou seus negócios, tornando-se mais uma companhia importante a adotar a medida em meio à pandemia.
A empresa está apelando ao Chapter 11, o Capítulo 11, da legislação norte norte-americana, que concede ao devedor um prazo – que pode ser de 60 dias, com exceções dependendo do caso – para que as companhias possam reorganizar suas contas e atender seus credores, e permanecerá operando durante esse processo com o dinheiro que tem em caixa – US$ 1 bilhão.
LEIA MAIS: Startup brasileira de aluguel de carros capta R$ 380 milhões
As operações da Hertz na Europa, Austrália e Nova Zelândia não estão incluídas no pedido de falência.
A empresa atribuiu a operação ao declínio abrupto da receita e reservas futuras devido à queda na demanda de viagens. Revelou, ainda, que tentou obter ajuda do governo federal dos Estados Unidos, mas “o acesso ao financiamento para a indústria de aluguel de carros não estava disponível”.
Antes do anúncio, a Hertz já havia demitido 12.000 funcionários e deu licença para mais 4.000 durante a pandemia. O lendário investidor Carl Icahn possui a maioria das ações da Hertz – cerca de 39%.
“Com a gravidade do impacto da Covid-19 em nossos negócios e a incerteza de quando as viagens e a economia se recuperarão, precisamos tomar outras medidas para enfrentar uma retomada potencialmente prolongada”, afirmou o presidente e CEO da Hertz, Paul Stone, em comunicado. “A iniciativa de hoje protegerá o valor de nossos negócios, permitirá que continuemos nossas operações e atendamos aos nossos clientes, além de nos dar tempo para estabelecer uma base financeira nova e mais forte para avançar com sucesso nesta pandemia e nos posicionar melhor no futuro”, acrescentou.
O negócio de transportes está com problemas financeiros por causa da pandemia no geral. A concorrente da Hertz, Avis, e as gigantes Uber e Lyft tiveram que demitir milhares de funcionários para se manter em operação. As varejistas JC Penny e Neiman Marcus também entraram em falência nas últimas semanas devido ao coronavírus.
A empresa foi fundada há mais de 100 anos, com uma dúzia de Ford Model T como sua primeira frota. Walter Jacobs, que criou a companhia em Chicago, vendeu-a para John D. Hertz em 1923.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.