O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) propôs ontem (13) um pacote de resgate no valor de R$ 4 bilhões para as companhias aéreas do país, menos da metade do montante inicialmente previsto, afirmaram fontes com conhecimento do assunto.
O plano, que primeiro centrou em torno de uma linha de crédito de R$ 10 bilhões, encolheu de valor porque os bancos privados se recusaram a conceder empréstimos maiores e porque as companhias aéreas estavam relutantes em aceitar uma maior diluição de ações, explicaram as fontes.
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Sob o esquema atual, a Gol e a Azul devem receber R$ 2 bilhões cada. Não está claro se um acordo será alcançado com a Latam Airlines, embora ela também tenha recebido a oferta de ajuda de até R$ 2 bilhões.
As companhias aéreas foram forçadas a estacionar a maior parte de sua frota devido à pandemia de coronavírus.
O BNDES fornecerá até 60% do valor e os bancos privados contribuirão com cerca de 10%, com o restante vindo de investidores do mercado de capitais, disseram as fontes, acrescentando que o plano ainda pode mudar.
O pacote de ajuda será feito por meio da emissão de bônus de 5 anos que terão um período de carência de um ano para o pagamento de juros, bem como de instrumentos que podem ser convertidos em ações.
O BNDES, os bancos e os investidores no plano de resgate obterão um retorno total de até a taxa de referência interbancária do Brasil (CDI) mais 14% ao ano, disseram as fontes.
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A Azul disse que recebeu uma nova proposta do BNDES, que está sendo analisada pela companhia. Gol, Latam e BNDES se recusaram a comentar.
A “Bloomberg” informou sobre o valor do plano de resgate mais cedo ontem. (Com Reuters)
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