A Organização Mundial de Turismo das Nações Unidas (OMT) anunciou nesta semana que a pandemia do novo coronavírus e a necessidade de isolamento social atingiram a indústria do turismo e resultaram em um prejuízo de US$ 320 bilhões, entre janeiro a maio de 2020.
Nos primeiros cinco meses deste ano, o número de turistas caiu mais da metade em comparação ao ano passado, de acordo com uma contagem da OMT, representando uma perda de 300 milhões de visitantes.
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O declínio nas viagens é três vezes maior que a baixa do turismo registrada em 2009, durante a crise econômica global, declarou a OMT, que corresponde ao período mais recente em que o turismo estrangeiro sofreu grandes perdas, de acordo com a França 24.
Enquanto a OMT volta a ter esperança com o maior número de pessoas viajando –especialmente quando países europeus reabriram as fronteiras a visitantes de algumas regiões, em julho–, o recente aumento do número de casos de Covid-19 na Europa e em outros países ameaçam o progresso alcançado.
Segundo o relatório divulgado pela OMT, especificamente os EUA e Canadá são responsáveis por muitos turistas se recusarem a viajar, uma vez os estadunidenses ainda são banidos de várias regiões por conta da alta taxa de infecção por coronavírus no país.
No início deste mês, a Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) apontou que o turismo pode sofrer impacto de até US$ 2,2 trilhões em 2020.
“Os dados mais recentes mostram a importância de retomar as atividades do setor assim que for seguro fazê-las. A dramática queda do turismo internacional ameaça o sustento milhões de vidas, inclusive nos países em desenvolvimento”, disse Zurab Pololikashvili, secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, em comunicado divulgado na terça-feira (28). “Os governos de todas as regiões do mundo têm uma dupla responsabilidade: priorizar a saúde pública e proteger empregos e empresas.”
Em nota, a OMT aponta que a maioria de seus especialistas concorda que os níveis do turismo global devem se recuperar até o final de 2021.
No mês de junho, a Associação Internacional de Transporte Aéreo disse que previa um prejuízo das companhias aéreas de US$ 84,3 bilhões em 2020 e, na terça-feira, declarou que as viagens aéreas provavelmente não voltarão a ser da forma que eram antes da pandemia até 2024. “O número de passageiros atingiu a maior queda em abril, mas a recuperação tem sido muito fraca. A melhoria foi no voo doméstico. Os mercados internacionais continuam em grande parte fechados”, afirmou o diretor-geral e o CEO Alexandre de Juniac, em nota na terça-feira. Para além do setor aéreo, hotéis também sofrem grandes prejuízos desde o início da pandemia.
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