O iFood anunciou hoje (16) a compra do SiteMercado, que faz intermediação de vendas online de mercados e mercearias, ampliando a aposta num setor que disparou nos últimos meses com as medidas de isolamento para conter a pandemia da Covid-19.
Criado há cerca de cinco anos e com sede em São José do Rio Preto, interior paulista, o SiteMercado funciona como um white label digital, por meio do qual pequenos negócios podem ter seus próprios canais de comércio eletrônico. Atualmente, o portal tem vendedores em 476 cidades de 24 Estados do país.
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A compra de 100% do negócio, por valor não revelado, reforça a aposta do maior portal de encomendas de refeições do país para diversificar e expandir receitas num setor no qual estreou em 2019 com seu braço iFood Mercado, hoje com 2,1 mil vendedores.
Diferente dessa unidade própria, o SiteMercado seguirá operando de forma independente, com esquemas próprios para pagamentos e para entrega das encomendas, explicou Henrique Iwamoto, vice-presidente de Negócios do iFood.
“São negócios complementares, mas vemos muitas chances de sinergias no futuro”, disse Iwamoto à Reuters, mencionando por exemplo a possibilidade de as marcas iFood e Site Mercado chegarem a todos os municípios onde hoje só há uma delas. O iFood está hoje em cerca de mil cidades brasileiras.
A expectativa do iFood é de que seu braço de supermercados chegue a 3 mil vendedores em 250 cidades até o fim de 2020.
A aquisição mostra como grandes empresas de comércio eletrônico estão se movimentando para aproveitar a guinada do setor também para nichos de operações quase totalmente presenciais, como o de supermercados, na esteira da pandemia.
O próprio iFood Mercado diz que suas vendas em agosto cresceram 240% em relação a março, quando as medidas de isolamento social entraram em vigor.
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Após ter comprado em janeiro a Supermercado Now, a B2W anunciou em maio parceria com o grupo supermercadista BIG para integração de plataformas de venda.
O Mercado Livre, maior plataforma de comércio eletrônico da América Latina, também passou a fazer a venda direta de produtos de supermercados desde maio. (Com Reuters)
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