A Via Varejo está a alguns meses de distância de conseguir viabilizar entregas de produtos comprados online no mesmo dia da compra e deve ter capacidade para começar a financiar vendedores de seu marketplace no começo do próximo ano, disseram hoje (12) executivos da companhia.
A dona das bandeiras Casas Bahia e Ponto Frio divulgou na noite de ontem (11) lucro líquido de R$ 590 milhões para o terceiro trimestre, ante prejuízo sofrido um ano antes, e alta de 218,7% nas vendas de comércio eletrônico.
VEJA MAIS: Alibaba e JD.com dizem que EUA foram os maiores vendedores do Dia dos Solteiros na China
“Boa parte da nossa energia até agora estava em fazer o básico, colocar ordem na casa, e agora temos tempo para pensar muito além do varejo”, disse o presidente da Via Varejo, Roberto Fulcherberguer, em conferência online com analistas.
“Estamos a poucos meses para destravamos… vamos começar a discutir ‘same day delivery’, seguramente mais para o final do primeiro semestre.” O que está faltando, disse Fulcherberguer, “são algumas camadas de tecnologia”.
A Via Varejo saiu do controle do GPA em meados do ano passado, passando a ser controlada pela família Klein, fundadora da Casas Bahia. Desde então, o grupo passou por uma reestruturação focada em reduzir a distância de concorrentes como Magazine Luiza e B2W no quesito de omnicanalidade de vendas, em que consumidores podem fazer compras online e optar por retirá-las em lojas, por exemplo.
Com isso, nos últimos meses a empresa vem trabalhando para ampliar a facilidade com que vendedores terceiros podem se integrar ao seu marketplace, iniciativa que foi atrasada pela pandemia. Segundo o executivo, a Via Varejo passou a integrar, por mês, de 800 a 1 mil vendedores a sua plataforma, ante 100 alguns meses atrás.
Enquanto isso, o banco digital da empresa, Banqi, deverá ter estrutura até março de 2021 para oferecer financiamento para vendedores do marketplace. “No primeiro trimestre, vamos ter isso bem encaminhado. Poderemos finalizar os clientes deles e os próprios sellers”, disse o presidente da Via Varejo.
Fulcherberguer afirmou que a empresa está estudando um plano de “racionalização” de sua malha de lojas físicas no país, que envolve sobreposição de cerca de 100 pontos de venda e que podem vir a ser fechados para ampliar a rentabilidade das lojas que seguirem em operação. A empresa tem mais de 1 mil lojas físicas.
O executivo deu a entender que as vendas de outubro e novembro estão mantendo força apesar da redução do valor do auxílio emergencial oferecido pelo governo federal. “Estamos felizes com o que está acontecendo no quarto trimestre. Estamos bastante otimistas”, disse, sem dar mais detalhes.
Segundo Fulcherberguer, a Via Varejo não sentiu até o momento impacto da redução do auxílio sobre as vendas. “Seguimos vendendo bem”, afirmou. (Com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.