O estoque total de crédito no Brasil cresceu 2,0% em novembro sobre outubro, a R$ 3,954 trilhões, dando sequência a uma trajetória de expansão embalada neste ano pela crise do coronavírus, que fez o governo lançar programas voltados a empresas e os bancos abrirem as torneiras para renegociações e novos financiamentos.
Com isso, o estoque atingiu 53,1% do Produto Interno Bruto (PIB), divulgou o Banco Central hoje (23), maior percentual desde janeiro de 2016 (53,4%).
No acumulado de janeiro a novembro, a alta do crédito no país foi de 13,7% e em 12 meses de 15,6%. Este último percentual, inclusive, bate com a expectativa do BC para o dado consolidado de 2020.
Na semana passada, a autoridade monetária previu que a expansão do crédito no Brasil será de 15,6%, puxada tanto pela demanda acentuada de crédito das empresas como pela recuperação do crédito às famílias.
Em meio à crise com o coronavírus, houve forte aumento do crédito com recursos direcionados, com taxas controladas pelo governo. Nos 11 meses de 2020, essa elevação foi de 14,2%, contra alta de 13,3% no crédito livre, no qual as taxas são definidas livremente pelas instituições financeiras.
Para 2021, o BC prevê que o crescimento do crédito geral será de 7,8%.
Em relação ao custo dos financiamentos, os juros médios recuaram ligeiramente em novembro, a 26,3% ao ano, contra 26,5% no mês anterior, dado que considera apenas o segmento de recursos livres.
O spread, que mede a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada a seus clientes, também diminuiu 0,3 ponto no mesmo período, a 21,2 pontos percentuais.
Por sua vez, a inadimplência em recursos livres renovou a mínima histórica a 3%, frente a 3,1% em outubro. (Com Reuters)
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