A Argentina suspendeu a proibição das exportações de milho anunciada em dezembro e vai optar por um limite diário temporário de 30 mil toneladas nas vendas ao exterior, disse o Ministério da Agricultura hoje (11), e recuou da medida mais restritiva que havia enfurecido agricultores na indústria de grãos do país.
O terceiro maior fornecedor mundial do cereal anunciou em 30 de dezembro uma paralisação de dois meses nas exportações de milho, em uma tentativa de controlar os preços domésticos dos alimentos em meio a uma longa recessão e a pandemia do coronavírus.
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O Ministério da Agricultura informou em um comunicado na madrugada de hoje (11) que fechou acordos para garantir o fornecimento doméstico de milho e amortecer os preços locais contra as flutuações nos mercados internacionais, permitindo o fim da proibição total dos embarques.
A indústria bovina e avícola da Argentina usa o milho para a engorda dos animais. O governo esperava inicialmente que, ao manter mais milho no país, o custo da alimentação do gado cairia, aumentando o abastecimento doméstico de alimentos.
No entanto, os agricultores protestaram contra a suspensão na semana passada e lançaram uma greve, dizendo que a proibição total pressionou a produção para baixo e os forçou a moderar os investimentos. Além disso, as associações argentinas de soja, milho, trigo e sementes de girassol disseram que tal intervenção nos mercados de exportação minou a confiança e levaria a uma retirada imediata dos investimentos. (com Reuters)
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