A atividade manufatureira dos Estados Unidos saltou para o nível mais alto em mais de 13 anos e meio em janeiro, com forte crescimento das novas encomendas, mas gargalos na cadeia de oferta provocados pela pandemia de Covid-19 estão elevando os preços e sinalizando alta da inflação nos próximos meses.
A IHS Markit informou hoje (22) que a leitura preliminar de seu Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) para o setor manufatureiro dos EUA acelerou a 59,1 na primeira metade deste ano, nível mais alto desde maio de 2007, de 57,1 em dezembro. Economistas projetavam queda do índice a 56,5.
Leitura acima de 50 indica crescimento da atividade no setor de manufatura, que responde por 11,9% da economia dos EUA.
A manufatura está sendo sustentada pelo reabastecimento dos estoques e por uma mudança da demanda de serviços para bens devido à crise do coronavírus. Os setores fabril e imobiliário estão ancorando a economia diante do ressurgimento do vírus.
O subíndice de novas encomendas saltou para o patamar mais elevado desde setembro de 2014. Mas os empresários também estão elevando os preços de seus produtos, com o subíndice de preços recebidos pelas fábricas saltando para o maior nível desde julho de 2008.
A força do setor manufatureiro ajudou a impulsionar a atividade empresarial. O PMI Composto preliminar chegou a 58,0, de 55,3 em dezembro, com o dado preliminar do índice de serviços subindo a 57,5, de 54,8 em dezembro.
Vendas de moradias
As vendas de moradias usadas nos Estados Unidos subiram inesperadamente em dezembro, mas o aumento nos preços em meio a estoques em mínimas recordes podem desacelerar a força do mercado imobiliário nos próximos meses.
A Associação Nacional de Corretores informou nesta sexta-feira que as vendas de moradias usadas aumentaram 0,7% no mês passado, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 6,76 milhões de unidades.
Economistas consultados pela Reuters projetavam queda das vendas de 2,0%, para uma taxa de 6,55 milhões de unidades.
Na comparação ano a ano, as vendas de moradias usadas, que respondem pela maior parte do mercado imobiliário, saltaram 22,2%, totalizando 5,64 milhões em 2020, máxima desde 2006. (Com Reuters)
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