A Boeing divulgou hoje (27) um prejuízo anual recorde de quase US$ 12 bilhões, em meio a novo adiamento de seu jato 777X, o que resultou em um efeito negativo de US$ 6,5 bilhões no resultado.
A crise do coronavírus exacerbou a queda na demanda pelas maiores aeronaves da indústria, com companhias aéreas evitando receber os aviões encomendados devido a restrições de viagens internacionais, prejudicando o fluxo de caixa da fabricante de aeronaves dos EUA.
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A Boeing disse que espera que o 777X, uma versão maior do 777 mini-jumbo, entre em serviço no final de 2023, e atrase o lançamento do jato pela terceira vez e registrando uma baixa de US$ 6,5 bilhões antes de impostos. A empresa estava desenvolvendo o jato com a meta de lançá-lo em 2022, já dois anos depois do planejado inicialmente.
Uma queda histórica na quantidade de viagens aéreas também prejudicou os envios dos 787 Dreamliners da Boeing para as companhias aéreas, fazendo com que a empresa acumulasse dezenas de aeronaves, o que pesou ainda mais sobre a Boeing, que já tem um estoque armazenado de cerca de 450 jatos 737 MAX.
A empresa disse que espera retomar os envios de seus 787 Dreamliners em 2021, quando as viagens aéreas se recuperarem. As entregas dos modelos 787 caíram quase 70% para 53 aviões em 2020 e não se espera que se recuperem aos níveis de 2019 até pelo menos 2024, de acordo com analistas.
A Boeing também disse que entregou 13 aviões 737 MAX adicionais em janeiro, de seu estoque, somado às 27 aeronaves que enviou em dezembro depois que os EUA liberaram o jato para voar novamente após uma suspensão de 20 meses.
O prejuízo líquido da empresa aumentou para US$ 8,4 bilhões no quarto trimestre, de US$ 1 bilhão um ano antes, levando o prejuízo do ano inteiro para um recorde de US$ 11,9 bilhões. A receita caiu 15%, para US$ 15,3 bilhões no trimestre encerrado em dezembro. (com Reuters)
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