Austrália e Brasil, os dois maiores produtores mundiais de minério de ferro, continuaram sendo os principais fornecedores da China em 2020, mas as importações da Índia aumentaram 88% à medida que as siderúrgicas chinesas diversificaram as fontes em meio aos preços altíssimos das matérias-primas.
Os embarques australianos aumentaram 7%, para 713 milhões de toneladas, enquanto os fornecimentos brasileiros aumentaram 3,5%, para 235,7 milhões de toneladas, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas da China divulgados hoje (20). “A ascensão dos dois países não conseguiu atender totalmente à demanda da China”, disse Tang Chuanlin, analista da CITIC Securities, ressaltando que “as siderúrgicas tiveram que comprar de outros países”.
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A China, maior produtora de aço do mundo, importou 44,8 milhões de toneladas de minério de ferro da Índia no ano passado, ante 23,8 milhões de toneladas adquiridas em 2019, e o maior em nove anos. A segunda maior potência mundial produziu um recorde de 1,05 bilhão de toneladas de aço bruto em 2020, com a demanda impulsionada por estímulos de Pequim para infraestrutura.
A Índia sofreu uma queda de 12,6% nos nove meses até dezembro em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram dados do governo, deixando mais minério de ferro para vender aos compradores chineses.
Chuanlin também observou que as empresas siderúrgicas chinesas estão usando mais minério de baixo teor, como o da Índia, como parte de um esforço para reduzir custos. Quase dois terços das exportações de minério de ferro da Índia para a China tinham menos de 58% de teor de ferro, de acordo com estimativas da indústria de mineração indiana.
“As compras vão continuar até março (com a forte demanda chinesa)”, disse B.K. Bhatia, secretário-geral adjunto da Federação das Indústrias Minerais da Índia, o maior grupo que representa o setor no país. Bhatia espera que as compras chinesas continuem até março, mas disse que é muito difícil prever a demanda além dessa data. (com Reuters)
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