O Brasil fechou 67.906 vagas formais de trabalho em dezembro e quebrou uma sequência de cinco meses consecutivos de resultado positivo, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado hoje (28) pelo Ministério da Economia.
O resultado veio melhor do que as expectativas de analistas consultados pela Reuters, que previam o fechamento de 115 mil postos de trabalho formais no mês passado. O fechamento líquido de vagas no mês foi o mais baixo desde 1995, quando fechou 42.328 vagas, e inferior ao registrado em dezembro de 2019, quando fechou 307 mil.
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Apesar do saldo negativo em dezembro, no acumulado de 2020 houve criação líquida de 142 mil vagas, resultado de 15.166.221 admissões, contra 15.023.531 desligamentos com ajustes até dezembro do ano passado, segundo o Caged.
Em 2020, o emprego formal teve um amparo do programa BEM, lançado pelo governo em meio à pandemia e que autorizou as empresas a suspenderem provisoriamente os contratos de trabalho ou reduzirem as jornadas e os salários dos empregadores, que receberam uma compensação parcial em pagamentos do governo. No ano, foram fechados 20,1 milhões de acordos no BEM, o que contempla cerca de 9,8 milhões de trabalhadores e 1,5 milhão de empresas, segundo o Ministério da Economia.
O setor de serviços, o mais prejudicado por medidas de distanciamento social adotadas na pandemia, foi o único que fechou vagas formais de emprego no ano passado no acumulado do ano, o que resultou em 132.584 vagas a menos. A construção foi o setor campeão de criação líquida de 112.174 vagas; seguido da indústria com 95.588; da agropecuária, que criou 61.637; e do comércio, que abriu 8.130.
Os dados do emprego com carteira assinada contrastam com os números do mercado de trabalho geral, mesmo quando se incluem os informais, que apontam para um desemprego historicamente elevado, de 14,1%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgados nesta quinta. (com Reuters)
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