A China deverá evitar fixar uma meta de crescimento para 2021, medida tomada pelo segundo ano seguido diante de preocupações de que a criação de uma meta poderia encorajar economias regionais a aumentar seus endividamentos, disseram fontes à Reuters.
Ano passado foi a primeira vez que o país deixou de determinar um objetivo em 18 anos em meio à crise econômica global aberta pelo coronavírus. Apesar da pandemia, a China registrou uma robusta recuperação em sua atividade, graças aos rigorosos controles e forte demanda por produtos fabricados no país.
LEIA MAIS: Tudo sobre finanças e o mercado de ações
A segunda maior economia do mundo cresceu 2,3% no ano passado e deve se recuperar com uma taxa de 8,4% este ano graças à agressiva resposta do governo e à retomada global, de acordo com pesquisa da Reuters junto a economistas. Segundo os especialistas, o país deve buscar uma inflação em torno de 3% este ano, abaixo da meta do ano passado de 3,5%, mas acima da alta real de 2,5% nos preços dos consumidores, disseram.
Autoridades temem que atrelar ambições oficiais a uma taxa específica de crescimento possa encorajar governos regionais a buscar um crescimento ainda mais alto, provocando, por sua vez, um aumento nocivo da dívida para atingir a meta, disseram as fontes.
“Não vamos determinar uma meta explícita, mas na realidade haverá uma meta”, disse um assessor do governo. “Não iremos enfatizar a importância de alcançar um objetivo a qualquer custo”, explicou.
As discussões internas ganham tração antes da reunião anual do Parlamento da China no começo de março. Segundo fontes ouvidas pela agência Reuters, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, principal órgão de planejamento estatal, continua interessada em ter uma meta de crescimento. A comissão e o escritório de informação do Conselho Estatal da China não responderam imediatamente a pedidos de comentário. (com Reuters)
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.