No Forbes Radar de hoje (18), a Cemig informou ao mercado que precisa de recursos para cobrir as necessidades bilionárias de investimento e uma solução pode ser uma oferta primária de ações. No exterior, o grupo canadense Couche-Tard desistiu da oferta de Є 16,2 bilhões para comprar o Carrefour, após forte pressão do governo francês. Veja estes e outros destaques corporativos desta segunda-feira:
Petrobras (PETR4)
A Petrobras informou que receberá em 1º de fevereiro propostas de empresas pré-qualificadas para a construção das plataformas P-78 e P-79, para o campo gigante de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. A empresa tem planos de colocar em produção 13 sistemas para operação no Brasil até 2025.
Equatorial (EQTL3)
A Equatorial, a CPFL Energia e um fundo norte-americano acessaram a sala virtual com informações sobre o processo de privatização da CEEE Distribuição, controlada pelo governo do Rio Grande do Sul. O leilão de desestatização da CEEE-D está agendado para 3 de fevereiro, em sessão pública, mas os interessados na compra da empresa precisarão entregar propostas e garantias em 29 de janeiro.
A empresa foi arrematada pela Neoenergia, por R$ 2,5 bilhões. A Equatorial Energia e a CPFL, controlada pela chinesa State Grid, também fizeram propostas pela empresa. A CEEE-D, responsável pela distribuição de energia em parte do Rio Grande do Sul, será vendida por um preço mínimo praticamente simbólico de R$ 50 mil, uma vez que a companhia acumulava patrimônio líquido negativo após dívidas bilionárias em pagamento de ICMS.
“É quase a mesma turma que participou do leilão da CEB-D, os mesmos interessados. Equatorial, CPFL”, disse uma das fontes à Reuters, que falou sob a condição de anonimato, já que as informações são sigilosas. A fala faz referência à licitação para venda da unidade de distribuição da Companhia Energética de Brasília (CEB-D), controlada pelo governo do Distrito Federal, realizada em dezembro.
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Cemig (CMIG4)
A Cemig anunciou ao mercado que precisa de recursos para cobrir as necessidades bilionárias de investimento, e uma alternativa para levantar o caixa seria uma oferta primária de ações, declarou o secretário-geral da administração estadual, Mateus Simões.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), já manifestou o desejo de privatizar a Cemig, mas recentemente admitiu dificuldades políticas para levar a operação adiante no curto prazo. “Conhecendo a necessidade de investimentos que se aproximam de R$ 15 bilhões, o que o governador tem afirmado é a necessidade de garantir esse aporte, que o estado, como controlador, não tem condições de fazer”, disse o secretário Simões.
“Vender uma parte das ações do Estado não é uma solução, pois o dinheiro não iria para a Cemig. Buscar novos recursos numa emissão primária poderia ser uma solução, como vender o controle, como normalmente se cogita, também seria”, acrescentou ele.
O governo de Minas Gerais possui participação de 17,5% na Cemig, mas controla a companhia com 50,97% das ações ordinárias, com direito a voto.
SAP (SAPP34)
A SAP divulgou na última sexta-feira (15) que previu um declínio no lucro operacional deste ano, mas com uma receita estável. A empresa acredita que deve crescer em 2% este ano, enquanto o lucro operacional cairá de 1% a 6%.
O lucro operacional trimestral cresceu com apoio de menores despesas de compensação baseadas em ações, aumentando 3% em moeda constante. A margem operacional ajustada, também em moeda constante, cresceu 1,5 p.p., para 36,8%.
O presidente-executivo da empresa, Christian Klein, comentou que “o lucro operacional trimestral cresceu com apoio de menores despesas de compensação baseadas em ações, aumentando 3% em moeda constante. A margem operacional ajustada, também em moeda constante, cresceu 1,5 p.p., para 36,8%”.
Citigroup (CTGP34)
O Citigroup informou ao mercado que teve uma queda de 7% no lucro do quarto trimestre de 2020, mas superou as expectativas da companhia. Os resultados da empresa se beneficiaram da liberação de cerca de US$ 1,5 bilhão de previsões que haviam anteriormente registrado por conta de risco de inadimplência na pandemia.
Após a nomeação de Jane Fraser como presidente-executiva de Wall Street, foi adicionado mais de US$ 10 bilhões às previsões no ano passado, devido também às possíveis inadimplências nos empréstimos.
No geral, o Citi registrou lucro de US$ 4,63 bilhões ou US$ 2,08 por ação, ante US$ 5 bilhões, ou US$ 2,15 por ação, em 2019. Analistas esperavam, em média, lucro de US$ 1,34 por ação, de acordo com dados da Refinitiv.
Os empréstimos totais caíram 3%, para US$ 676 bilhões, no final do trimestre, enquanto os depósitos aumentaram 20%, para US$ 1,3 trilhão, pois os clientes, enfrentando incertezas econômicas, tomaram menos financiamentos e economizaram mais.
A receita do Citi caiu 10%, principalmente devido a um declínio no banco de varejo. As taxas no negócio de cartões na América do Norte, que já foi o motor de crescimento do banco de varejo do grupo, caíram 13%, com a redução nas compras e aumento dos pagamentos.
Engie (EGIE3) e Siemens (SIE)
A Engie Brasil Energia informou na última sexta-feira que fechou um contrato de compra de turbinas para viabilizar um complexo de geração eólica no Rio Grande do Norte, que exigirá investimentos de cerca de R$ 2,2 bilhões. A companhia disse em comunicado que o acordo de fornecimento de aerogeradores foi assinado junto à Siemens Gamesa.
“A entrada em operação comercial de Santo Agostinho está prevista para ocorrer até março de 2023 e a energia produzida será totalmente direcionada para contratação no Ambiente de Contratação Livre”, afirmou.
Gol (GOLL4)
A Gol informou ao mercado que o calendário proposto para a negociação com a Smilles, empresa que administra um programa de milhagens, não será cumprido, pois o “Comitê e seus assessores ainda estão realizando a análise financeira das condições constantes da Proposta”, informou a empresa de viagens domésticas em documento de fato relevante.
A data prevista para hoje não será cumprida, mas a companhia acredita que a primeira convocação de reunião de negócios poderá ocorrer até 17 de março de 2021.
Carrefour (CA)
O grupo canadense Couche-Tard desistiu da oferta de Є 16,2 bilhões para compra do francês Carrefour, após o plano enfrentar forte oposição do governo da França, disseram duas fontes à Reuters.
A decisão de encerrar as negociações de fusão veio após uma reunião na sexta-feira entre o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, e o fundador e presidente da Couche-Tard, Alain Bouchard. Couche-Tard e Carrefour não quiseram comentar.
“A segurança alimentar é estratégica para nosso país, por isso não vendemos um grande varejista francês. Minha resposta é extremamente clara: não somos a favor do acordo. O não é educado, mas é um não claro e definitivo”, Le Disse Maire.
A Couche-Tard esperava obter a aval do governo oferecendo compromissos tanto em empregos quanto na cadeia de abastecimento alimentar da França e mantendo a empresa listada em Paris e Toronto, com o chefe do Carrefour Alexandre Bompard e seu colega do Couche-Tard Brian Hannasch liderando-a como copresidentes.
O plano incluía a promessa de manter as operações estratégicas globais da nova entidade na França e ter cidadãos franceses no Conselho, disse ele.
A Couche-Tard, assessorada por Rothschild, também injetaria cerca de Є 3 bilhões em investimentos na varejista francesa que estava trabalhando no negócio com a Lazard. (Com Reuters)
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