O último mês de 2020 foi marcado por uma euforia no mercado de criptomoedas. O bitcoin, a moeda digital mais utilizada na compra e venda de produtos e serviços pela internet, obteve valorização de 43% em dezembro. No início deste ano, a moeda digital atingiu a casa dos US$ 40 mil no exterior pela primeira vez na história, influenciada pela liquidez nos mercados globais e preocupações com as perspectivas inflacionárias.
Apesar da correção iniciada nas últimas semanas, a cripto ainda opera longe das mínimas observadas em 2018. No Brasil, o bitcoin avançava 6,24% negociado a R$ 186.455,00 às 13h43, horário de Brasília. Mas a fama do bitcoin tem ofuscado o brilho de outras moedas digitais. De acordo com Coinlib, plataforma de informações sobre a criptoeconomia, existem cerca de seis mil ativos digitais espalhados pela internet, com as mais variadas utilidades e aspectos. Muitos, no entanto, seguem desconhecidos do grande público.
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Segundo dados da QR Asset, no mês de dezembro o BTC abriu espaço de destaque para outras criptomoedas, como Theta Token (THETA), Zilliqa (ZIL), Celsius Network (CEL) e Polkadot (DOT), que valorizaram 189,62%, 181,80%, 118,99% e 72,28%, respectivamente.
Conheça algumas criptomoedas para acompanhar e, quem sabe, investir em 2021:
Ether (ETH)
O ether (ETH) é uma moeda nativa de uma blockchain programável, a rede ethereum. É a segunda maior criptomoeda por capitalização de mercado. É também descentralizada, não sendo controlada por nenhuma instituição ou governo.
Lançado em 2015 pelo um programador russo-canadense, Vitalik Buterin, o ether se transformou na segunda criptomoeda global em apenas dois anos, ficando somente atrás do Bitcoin. De acordo com dados do site americano CoinMarketCap, o valor de capitalização de mercado do ETH – ou seja, o total da oferta circulante da criptomoeda no mercado – já alcançou o patamar de US$ 134,931,663,252, enquanto o Bitcoin assume o patamar de US$ 583,288,580,437. Desde março de 2020, o ether já valorizou mais de 1200%.
Tether (USDT)
O Tether é uma stablecoin (criptomoeda lastrada em um ativo) lançada em 2014 que tem feito muito sucesso no mercado de moedas digitais, por ser atrelada a uma das moedas mais fortes do mercado: o dólar. Sua lógica é baseada na paridade com o dólar, ou seja, para cada 1 tether emitido é necessário haver 1 dólar equivalente em caixa.
Através de sua estabilidade de preço, o Tether se tornou uma das melhores opções para executar transferências entre diferentes sistemas e ser uma ótima ferramenta de intermediação entre o setor financeiro tradicional e o mercado digital. Além disso, a criptomoeda tem sido uma opção muito procurada para facilitar transações entre empresas, e tornar mais acessível a negociação de dólar por varejistas. Através disso, os usuários podem evitar o risco de mercado de outros ativos.
Segundo dados do CoinMarketCap, o USDT possui valor de mercado de US$ 24,806,071,586, ficando somente atrás do ether e do bitcoin.
Litecoin (LTC)
O Litecoin (LTC) foi lançado em 2011 por um ex-engenheiro do Google e da exchange norte-americana Coinbase como uma alternativa ao bitcoin, com o objetivo de atender uma forte demanda por compra de criptomoedas que o bitcoin tinha dificuldades de atender em meados de 2010.
O ativo é usado, principalmente, como reserva de valor, dado suas características não-inflacionárias, e também para conversões e envios rápidos, seguros e baratos.
Uma das maiores diferenças entre o BTC e o LTC é a geração mais frequente dos blocos, dando à rede mais liquidez e menores taxas. Além disso, o algoritmo de criptografia utilizado no litecoin permite uma mineração mais simples em relação ao bitcoin.
Segundo a CoinMarketCap, o LTC possui atualmente um valor de mercado de US$ 8,800,865,673, ficando na 7º posição na lista.
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