Os preços do petróleo tocaram hoje (12) uma máxima de 11 meses, com o Brent, referência global, aproximando-se de US$ 57 por barril em meio a uma oferta mais apertada e expectativas de queda nos estoques dos Estados Unidos, o que compensou preocupações com os casos de coronavírus pelo mundo. Na semana passada, o Brent já havia atingido preços anteriores aos primeiros lockdowns no ocidente, a US$ 54,90 o barril.
A Arábia Saudita planeja cortar sua produção em 1 milhão de barris por dia (bpd) adicionais em fevereiro e março para evitar que os estoques cresçam. O petróleo Brent subia US$ 0,82, ou 1,47%, a US$ 56,48 por barril, às 8:12, horário de Brasília. O petróleo dos Estados Unidos avançava US$ 0,72, ou 1,38%, a US$ 52,97 por barril.
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Mais cedo, o Brent chegou a tocar US$ 56,75, maior nível desde fevereiro passado. “A Arábia Saudita em particular está garantida, por meio de seus cortes adicionais e voluntários de oferta, que o mercado fique com pouca oferta”, afirmou Eugen Weinberg, do Commerzbank.
O corte saudita é parte de um acordo liderado pela Opep, no qual a maioria dos produtores manterá a produção estável em fevereiro. Cortes recordes de oferta da Opep e seus aliados em 2020 ajudaram o petróleo a se recuperar de baixas históricas vistas em abril. E alguns analistas consideram prováveis ganhos adicionais.
“Aconselhamos os investidores com alta tolerância ao risco a comprarem Brent ou se desfazerem de apostas em riscos de queda nos preços”, disse Giovanni Staunovo, do UBS, em relatório.
O petróleo também ganhou com a expectativa de uma queda nos estoques dos EUA. Analistas esperam que os estoques de petróleo caiam 2,7 milhões de barris, o que representaria a quinta semana consecutiva de recuo. O primeiro dos dois relatórios sobre os níveis de estoque a serem divulgados na semana, do Instituto Americano do Petróleo (API, sigla em inglês), será divulgado hoje (12).
Perspectivas de mais estímulos econômicos nos EUA sob o comando do presidente eleito Joe Biden também deram apoio adicional, enquanto preocupações com os crescentes casos de coronavírus ao redor do globo limitavam a alta. (com Reuters)
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