A Vale assinou acordo com a Mitsui para aquisição da totalidade da participação da empresa japonesa (15%) na mina de carvão de Moatize, em Moçambique, bem como compra dos 50% de participação e todos os créditos minoritários que a empresa detém no Corredor Logístico de Nacala (CLN).
“O acerto permitirá a estruturação da saída da Mitsui dos ativos”, disse a Vale em comunicado na noite de ontem (20), ao acrescentar que pretende também desinvestir do negócio de carvão. O acordo prevê que a Vale comprará cada ativo de mina e logística da Mitsui por US$ 1. Após o fechamento da transação, a mineradora brasileira consolidará todos os ativos e passivos da CLN, incluindo o Project Finance do Corredor de Nacala, que tem cerca de US$ 2,5 bilhões de saldo remanescente, explicou a companhia.
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“Com o acordo para a aquisição das participações da Mitsui e, consequentemente, a simplificação da governança e da gestão dos ativos, a Vale iniciará o processo de desinvestimento da sua participação no negócio de carvão, que será pautado na preservação da continuidade operacional de Moatize e do CLN, com a busca de um terceiro interessado nestes ativos”, acrescentou.
A intenção de sair do negócio de carvão “está em linha com o foco da companhia em priorizar seus negócios core e sua agenda ambiental, social e de governança (ESG, em inglês)”, disse a Vale. A empresa também pretende se tornar neutra em carbono até 2050, reduzindo em 33% suas emissões de escopos 1 e 2 até 2030.
A Vale acrescentou que, com um futuro refinanciamento do Project Finance do Corredor de Nacala, simplificando sua estrutura, deverá obter uma economia anual estimada de aproximadamente US$ 25 milhões.
Em paralelo, a Vale anunciou iniciativas que visam reduzir custos e aumentar a produção em Moatize, que poderia alcançar um ritmo de 15 milhões de toneladas por ano no segundo semestre de 2021 e 18 milhões de toneladas por ano em 2022. (com Reuters)
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