Ao longo de mais de dois anos da administração de Jair Bolsonaro, o governo federal nunca interferiu em políticas de preços de combustíveis da Petrobras ou assuntos internos da empresa, disse o presidente da petroleira, Roberto Castello Branco, hoje (5).
A afirmação a jornalistas foi feita após reunião com o presidente Bolsonaro, que na véspera havia convocado encontro de ministros com Castello Branco para discutir combustíveis.
O presidente da Petrobras reforçou ainda que os preços de combustíveis são determinados pelo mercado global, ressaltando a independência da companhia para decidir sobre as cotações. Ele lembrou que interferências do Estado no tema foram desastrosas no passado, gerando perdas de US$ 40 bilhões para a companhia.
O executivo ressaltou que a Petrobras também reduz seus preços ao seguir valores internacionais, comentando que nos cinco primeiros meses de 2020 a empresa reduziu as cotações em 40%, enquanto a redução na bomba foi de 14%.
Em meio a pressões de grupos de caminhoneiros sobre o preço do diesel, o presidente Bolsonaro disse ao lado de Castello Branco que seu governo não interfere e não interferirá na Petrobras.
Bolsonaro afirmou ainda que pretende enviar ao Congresso um projeto de lei para tratar da incidência do ICMS, imposto de competência dos governos estaduais, sobre os combustíveis.
Ele tem defendido que haja mais previsibilidade sobre as cotações dos combustíveis.
As ações da Petrobras operavam em alta de cerca de 3% por volta das 11h30, enquanto o Ibovespa tinha alta de 0,9%.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse acreditar que o governo deverá ter em breve medidas para evitar a volatilidade de preços.
Já o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, importante interlocutor do governo com os caminhoneiros, agradeceu a “grandeza” dos motoristas, que não realizaram uma greve prevista para o início da semana.
Ele disse ainda que o governo mantém uma agenda permanente com os caminhoneiros.
Apesar das queixas dos caminhoneiros, importadores de combustíveis têm afirmado que as cotações da Petrobras estão, na verdade, abaixo da paridade do mercado internacional, e que a petroleira não tem repassado as altas adequadamente, o que a empresa nega. (Com Reuters)
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