A operação brasileira da Claranet, multinacional de tecnologia com foco em serviços gerenciados de cloud, acaba de receber investimentos da ordem de US$ 100 milhões da matriz inglesa.
O aporte tem como objetivo a expansão das operações da companhia no país e, futuramente, na América Latina, tendo o Brasil como porta de entrada. A estratégia começou a ser colocada em prática em 2017, quando a Claranet comprou a empresa paulista CredibiliT, especializada em nuvem.
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Em agosto do ano passado, a ofensiva continuou com a aquisição de 92,5% da CorpFlex, empresa do mesmo segmento, e manteve seu fundador e CEO, Edivaldo Rocha, à frente dos negócios. “A ideia é replicar na região o mesmo modelo conduzido na Europa, onde a companhia se tornou o principal fornecedor de hybrid depois de adquirir 28 empresas nos últimos oito anos”, explica Rocha, que se manteve como sócio da operação, o único entre todas as subsidiárias.
Por aqui, os recursos serão utilizados em três frentes para sustentar a estratégia de expansão. A primeira é usar uma parte dele para seguir com o crescimento orgânico acelerado, que soma 37% de um ano para outro de forma contínua desde 2015. Só em 2020, a receita cresceu 24% em relação a 2019 graças a clientes como Renner, Saint-Gobain, DuPont, Porto Seguro, Embraer, TV Globo, Webmotors e Fiotec – Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde, da Fiocruz.
A segunda será o investimento de algo entre R$ 20 milhões e R$ 50 milhões desse montante, nos próximos 18 meses, no desenvolvimento, dentro de casa, de plataformas que incrementem a experiência digital. Por fim, a maior parte, cerca de R$ 500 milhões, será usada para aquisições, principalmente de empresas de cibersegurança, internet das coisas (IoT) e inteligência artificial (IA) e e-commerce, de forma a expandir a base de clientes, principalmente de menor porte, onde a penetração da companhia ainda não é tão alta. Embora não adiante nomes, o executivo diz que a primeira operação de compra já está em andamento e deve ser concluída até o início de maio. Outra duas devem ser anunciadas até o fim do ano.
“Esses investimentos têm como meta fazer da operação brasileira da Claranet um dos maiores players de hybrid cloud e cybersecurity no mercado, com foco em serviços com elevado potencial de crescimento e alinhados com os desafios de digitalização das empresas de médio e grande portes”, diz Rocha, revelando planos ainda mais ambiciosos. “Se tudo correr como esperado, pode ser até que adiantemos nossa intenção de fazer um IPO [abertura de capital em bolsa], programado para o primeiro trimestre 2023.”
Com presença em outros nove países, um contingente de 2.500 funcionários e 6.800 clientes, a Claranet espera que o Brasil, que hoje representa o 4º mercado da companhia no mundo, torne-se a operação mais representativa do grupo nos próximos três anos. O país também tem a missão de pavimentar a entrada da empresa na América Latina, principalmente México e Argentina.
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