A XP Inc. informou hoje (9) que foram arquivadas duas ações coletivas (class actions) abertas em março de 2020 contra ela, após acusações feitas por um investidor sobre a precisão de dados contábeis da plataforma de investimentos.
De acordo com a XP, os juízes da suprema corte estadual de Nova York e da corte federal no mesmo Estado decidiram arquivar os processos concedendo o ‘motion to dismiss’ (moção para dispensar) apresentado pela companhia. As decisões são passíveis de recurso.
Em março passado, circulou no mercado anúncio de escritório de advocacia dos EUA abrindo class action, citando relatório sobre a XP que levantava questões sobre a precisão das divulgações contábeis, e que isso poderia ter prejudicado acionistas da empresa. No dia 6 daquele mês, as ações fecharam em queda de mais de 13%.
Procurada na época pela Reuters, a XP afirmou que durante o IPO passou pelo escrutínio de quatro escritórios de advocacia reconhecidos mundialmente e duas das maiores firmas de auditoria do mercado. Dias depois, o fundador da XP, Guilherme Benchimol, afirmou que as “acusações sérias” eram infundadas.
No comunicado enviado por e-mail nesta terça, a XP relatou que a corte estadual decidiu que os autores não poderiam seguir com a ação por não terem provado danos ou prejuízos – ao contrário, eles obtiveram lucro com as ações da XP.
“Ainda segundo a corte estadual, mesmo que os autores tivessem sofrido danos, eles não foram capazes de demonstrar quaisquer omissões ou imprecisões nas informações prestadas pela XP no seu IPO”, afirmou a XP.
A corte federal ainda entendeu que não houve omissões ou imprecisões de informações pela XP e que todas as exigências para realizar a oferta pública foram cumpridas, disse a empresa. (Com Reuters)
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